[Fotografia do jornal Público]
Quando Aquilino Ribeiro, correndo o ano para 1951, fixava no capítulo XV da sua magnífica Geografia sentimental (História, paisagem, folclore) uma fulgurante síntese vivencial na última titulação capitular - refiro-me à legenda "O regresso à condição" ( Op. cit., Lisboa, Livraria Bertrand, 1951, p. 275.) - não sabia ainda da glória desse conjunto, nem tão pouco que alguns anos à frente, cerca de dez, Luandino Vieira glosaria tal referência naquele «esse regresso à sua gente» (José Luandino Vieira, Nosso musseque, Lisboa, Caminho, 2003, p. 18.), em texto que o escritor angolano (e português) escreveu na prisão da pide (assim, com letra pequena), em Luanda, entre dezembro de 1961 e abril de 1962, com publicação volvidos quarenta anos.
A benefício de inventário, diga-se ainda que ali por 2001 voltou esse bloco significativo a uma publicação de título O regresso à condição.Viseu, ut pictura poesis, sendo a ideia titular de Ricardo Pais, tendo eu parte colaborativa na organização da antologia poética e plástica.
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