Recito Pascoaes porque não sei dizer assim:
«Amo os anarquistas porque a minha índole é maldosa, como a de todos os seres que não têm vergonha de viver, pois viver é persistir na prática dum crime. Saiba isto o senhor santo da montanha, e o senhor anacoreta do deserto, e outros lobos e camelos, que o lobo é santo e montanha, como o camelo é anacoreta e deserto, e a baleia é nauta e oceano, e a cotovia é ave e céu.» (O Homem Universal, Lisboa, Edições Europa, 1937, pp. 58-59.)
Santo, santo Pascoaes...
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