Carlos de Lemos colabora neste In Memoriam do Doutor Teófilo Braga - 1843-1924 (Lisboa, Imprensa Nacional de Lisboa, 1934, p. 157) com o seguinte soneto:
MESTRE
Com as pedras que em vida lhe atiraram
Bem se pudera erguer-lhe um monumento:
Aos que a árvore de fruto apedrejaram
Matou-lhes ela a sede e deu sustento...
Quando vai alto o Sol no firmamento,
De roda dele as nuvens mais o aclaram;
E, se a encobri-lo chegam um momento,
Logo de sol as nuvens se douraram!
Mestre! se duma estátua precisasses,
P'ra que no esquecimento não ficasses,
O melhor pedestal p'ra ela - tenho-o
Por certo! - fora a obra que deixaste:
Obra monumental, em que exalçaste
A Alma Portuguesa - e o teu engenho!
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