2016-07-28

[alexandria-1]


[alexandria-1]

na noite nua de cigarro em punho o homem dizia palavras e sonhos
sentava-se na brisa do tempo dilatava o tronco ao sabor da beladona
e nem a cidade ardida culpada de todo o transe encontrava punição
que não fosse aquele ardor dentro do ativo silêncio da escuridade...
e dentro de tudo sobre o tudo disso calmo esse humano sorvia arak
todos os perfumes sonoros do buezim vindo como o ar nas palmeiras
serpenteando no prismático dos olhos e nas junturas dos velhos lábios.]
e lia joyce com espanto diziam aqueles outros que nada liam e sabiam]
em lengalenga breve aperrada nas sílabas como se urbe não existisse...]
tudo em excesso era pecado coração na boca nas mãos nos olhos
sabendo que a teologia das palavras explodia no centro da paixão 
que dentro da cidade um só corpo neste corpo podia dentro estar
nada os rubros tarbushes podendo esconder deste fogo desta sede.   

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