[REPRESA]
olho dentro da chuva
a água presa ao ralo
borbulhando fundo
como corpo no abismo.
no visor do telemóvel
leio um grito o absurdo
de olhar vários números
que não mais tocarão.
é esse o rol líquido
que se afunda aos pés
essa fuga para sempre
para dentro da terra.
quanta dor em nós
quanto de vida assim
perdida na memória
e nesta chuva estival!
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