[abismos]
uma súbita onda vem à montanha
crescendo como rebentação do
vale
sem anúncio do fundo ao alto o gume
atravessa historicamente as vísceras
cortando nos canais as pontes os nós.
gélidos os líquidos confrontam os ventos
e alojam-se no sangue e noutros mapas
que a anatomia não acha explicativos.
da casa última ágil a água sobe à janela
vertendo-se na mesa assim se escrevendo
no puído da folha na corrupção do dia.
de novo uma derradeira vaga o abismo de tudo.
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