2014-01-21

a mão na morte

[a mão na morte]

breu como fundo poço a morte
essa estranha mão que assina
a mudez da seiva  e todo o brilho
direta ao coração mudou o tempo
da memória fez túmulo  e sombra
rompeu as veias e aos vermes as deu.

as mãos na terra a escuridão nos olhos
o mar avançando pelo corpo a morte
rompendo dos flancos aos ossos vindo
um mergulho lento no leito da terra
a humidade tocando a carne o sal breve
esticando a pele como ácido que rompe.


as raízes nisso o sopro da morte ainda.

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