2011-02-13

poema para agostinho da silva

e agora há um hiato no tempo e não existem conversas assim ao vento]
como lençóis redemoinhando no bairro filosófico ideias rodopiando
nos dedos volteando nos pneus do velho volkswagen creme asserto
brotando dos pulsos da algibeira nascendo um turbilhão pensamento
aceso contra o rosado das paredes os fungos afundando nas fendas
o olhar felino do mestre condescendendo um gato plantado na mão.

Sem comentários: