2010-04-21

siddal amor


os dedos tocam o caule e pétala a pétala um calor invade-me a pele, por ti, siddal. avanço mesmo pela raiz da água e do gelo dos ossos ígneo coração estoira nos poros. digo-te agora os lábios o veludo evidente da pele o marfim e a boca dentes contra dentes expludo. os olhos são a flor da sede e preso ao ancoradouro dos cabelos fico quando assim siddal me invades com o perfume que há muito sinto. vens pela noite jazente ser que em mim vibra a beleza sem par. nos lábios estou nos lábios fico, siddal amor.

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