morre a cidade aos bocados
porque de todos os lados
em cada dia que passa raso
um momento tolhe o lenço
imerso na memória parada.
dentro vejo-te ainda acenando
como se não houvesse ponte
e impossível regresso. como
afinal a brancura da cal fere
a morte que te coube e cabe
em nós assim o rigor as trevas.
alguém disse o silêncio e eu
não ouço fitando os teus lábios.
[os lábios dentro da cal, na morte do ferreira]
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário