2008-09-30
2008-09-29
2008-09-28
2008-09-27
Seminário "Inverno demográfico: o problema. Que respostas?"
A APFN tem a honra de convidar V. Exa para o Seminário "Inverno demográfico: o problema. Que respostas?", no próximo dia 27 de Setembro, no auditório do edifício novo da Assembleia da República, com o programa abaixo indicado.
Neste Seminário, será efectuada a estreia em Portugal do documentário "Inverno demográfico: o declínio da família humana", legendado em português, em que especialistas mundiais debatem esta questão nas diversas vertentes, quer quanto às causas, quer quanto às consequências, muitas vezes menosprezadas.
Sem se conhecer bem as consequências nem as distintas causas, nunca se poderá encontrar as soluções para minorar os efeitos.
Serão ainda apresentadas as projecções para a população residente em Portugal nos próximos anos, contemplando já os valores observados até 2007.
Pelo importante conjunto de individualidades que aceitaram participar neste Seminário, de vários quadrantes políticos e sociais, a APFN espera que esta sua iniciativa contribua decisivamente para que, também em Portugal, este assunto passe a ter a importância na agenda política e social que merece, como acontece na esmagadora maioria dos países europeus e tem sido cada vez mais insistido pela União Europeia, quer Comissão, quer Parlamento.
As diversas individualidades participantes intervirão a título pessoal, não vinculando partidos políticos nem associações a que pertencem, a não ser que expressamente o refiram.
A entrada é livre, não sendo necessário efectuar-se inscrição.
O documentário "Inverno demográfico: o declínio da família humana" estará, em breve, disponível para venda ao público através da internet, podendo a sua apresentação ser visualizada em http://www.invernod
Lisboa, 16 de Setembro de 2008
APFN - Associação Portuguesa de Famílias Numerosas
Rua José Calheiros,15
1400-229 Lisboa
Tel: 217 552 603 - 919 259 666 - 917 219 197
10:00 - 11:30 Abertura
11:30 - 11:45 Intervalo 11:45 - 13:00 Desafio demográfico na Europa
13:00 - 14:30 Intervalo para Almoço | 14:30 - 15:45 Desafio demográfico em Portugal
15:45 - 17:00 Desafio demográfico e sustentabilidade económica e social
17:00 - 17:15 - Intervalo 17:15 Encerramento
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2008-09-25
Apresentação de "Amor, Città Aperta", na Livraria Poetria (Porto), por Marcos de Morais
2008-09-24
nascimento
esta descida ao centro de mim
rói como reversa ferida dentro
sangrando pelo avesso assim…
e depois nasce uma breve palavra
que sendo me leva na vertigem
até ti desconhecida figura amada.
2008-09-22
2008-09-21
"Casa, Física & Polegares" por Marcia Frazão
2008-09-20
"A cultura dos presépios" por Carlos Vieira e Castro
Então, se a pujante actividade cultural de Viseu não pode resultar de obras futuras, deixemos a ficção científica e olhemos para o presente. O Teatro Viriato impõe-se à nossa observação. Aliás, Fernando Ruas começou mesmo por lhe chamar, nos primeiros tempos da sua interminável governação, um "elefante branco". Hoje, é a jóia da coroa. Passados quatro décadas de inactividade, o Teatro Viriato reabriu em 29.01.1999, cumprindo o seu papel de espaço de fruição cultural graças à criação, em 1997, do então ministro da Cultura, Manuel Maria Carrilho, do Centro Regional das Artes do Espectáculo das Beiras. Co-financiado pelo Ministério da Cultura e pela CMV, o teatro municipal de Viseu tem um orçamento global que andará à volta dos 750 mil euros, não tendo, ao que me é dado saber, recebido nenhum reforço durante quase uma década de existência. Recordo que Dalila Rodrigues, aquando do lançamento do seu livro sobre Grão Vasco, defendeu publicamente o reforço do orçamento do Teatro Viriato.
Com todas as limitações que lhe possam ser apontadas, a programação do Teatro Viriato veio por fim ao deserto cultural da cidade que não dava outra alternativa aos viseenses amantes da cultura que não fosse deslocarem-se a Tondela para se saciarem nesse oásis luxuriante chamado ACERT.
Para além do Teatro Municipal que podemos ver nós de política cultural em Viseu? O "Viseu Naturalmente"? A programação da Feira de S. Mateus? O Festival de Teatro Jovem? Tudo muito incipiente, pouco inovador, muito ao nível de qualquer vila ou cidade pequena. Então, onde está o investimento na cultura? A menos que seja verdade que na CMV se misture cultura com desporto... Aliás, há muitas associações culturais, desportivas e recreativas que de cultura pouco ou nada tratam. Na verdade, quase tudo o que mexe no campo da cultura, em Viseu, resulta da iniciativa de associações ou empresários particulares, sem intervenção ou apoio por parte da autarquia. Estou-me a lembrar das actividades promovidas pelo Café Lugar do Capitão, onde já pudemos apreciar boas exposições de artes plásticas, bons concertos musicais e espectáculos de teatro e de stand up comedy; ou o bar Lusco Fusco que também tem uma animação cultural, embora mais irregular; ou a excelente Galeria António Henriques. Mesmo o Cine Clube de Viseu, um dos mais prestigiados do país, que tem realizado óptimos ciclos de cinema, não tem merecido o reconhecimento e o apoio que mereceria, apesar de constituir a única alternativa à miserável programação dos cinemas dos centros comerciais, que vieram liquidar as duas salas de cinema que existiam na cidade.
Mas foi o próprio director do Teatro Viriato, Paulo Ribeiro, quem, durante a apresentação à comunicação social da programação do Teatro Viriato para o próximo quadrimestre, lançou um sério aviso aos viseenses, aos empresários e às instituições: "As cidades vão medir-se cada vez mais, não pelos equipamentos que têm, mas pelas capacidades criativas" (...) "A cidade tem crescido muito, mas se ela não der este passo também em termos de projecção criativa, será sempre uma cidade pequena, mesmo que cresça muito em betão”. E o coreógrafo desabafou: “Estou farto de ser desafiado para animar presépios".
Paulo Ribeiro, partindo do seu desapontamento perante os fracos apoios e parcerias conseguidas no ano passado, com o "Viseu a 15 do 6", admitiu mesmo levar iniciativas com aquela ambição para outras cidades de média dimensão que têm demonstrado ter maior capacidade para dinamizar iniciativas alargadas, apontando Guimarães como exemplo de cidade com uma mais afirmativa actividade cultural.
Pois é: Guimarães pode não ter tantos hipermercados e centros comerciais como Viseu, mas tem um centro histórico que é um exemplo de preservação e reabilitação arquitectónica e histórica. Desde há muitos anos. E isso também é cultura. Viseu tem um centro histórico a cair de podre. A
desertificação humana do centro da nossa cidade está a criar problemas até de segurança. Fernando Ruas anunciou a intenção de criar um sistema de videovigilância no centro histórico, mas o que verdadeiramente o centro da cidade precisava era de biovigilância.
"Viseu a 15 do 6" foi uma boa iniciativa, prejudicada pelo excesso de expectativas, pelo mau tempo, pela falta de experiência da cidade em acolher actividades desta dimensão. Mas esse é o caminho. Só que primeiro há que semear para depois se colher. A ACERT é um caso de sucesso porque anda há mais de trinta anos a formar público, sem facilitar na qualidade. Hoje consegue realizar um dos melhores Festivais de Músicas do Mundo do país, com os bilhetes mais baratos. O Festival de Músicas do Mundo de Sines, um dos melhores da Europa, começou há dez anos com entradas livres para atrair sete mil pessoas e hoje, com 50 mil espectadores, continua a facultar concertos gratuitos.
Também o Teatro Municipal de Vila Real anda há cinco anos a promover um Concertos de Verão, agora também Festival de Músicas do Mundo com 12 espectáculos gratuitos, de música e dança, de grande qualidade, com um orçamento de 90 mil euros (quase o triplo do de "Viseu a 15 do 6"). O mesmo acontece noutras cidades. Há que criar público. Há que investir. A Ópera de Viena faculta à população menos abonada de dinheiro lugares a 2,50 euros. Podíamos falar dos londrinos Concertos Promenade.
A Cultura tem de deixar de ser um mero arranjo de flores na mesa de betão do orçamento, para passar a ser o melhor indicador da qualidade de vida das cidades.
Cultura é mais do que a fruição passiva das artes e dos bens culturais; é, sobretudo, a transformação das pessoas em seres criativos, logo, mais livres.
Carlos Vieira e Castro (crónica no jornal Via Rápida, 4.09.2008)
2008-09-18
2008-09-16
2008-09-15
2008-09-14
2008-09-11
antes do regresso
2008-09-10
Avante, Aquilino
Homenagem a Aquilino Ribeiro
Quando o homem
diz a terra e a permite
a confirma
resiste
e entreabre
quando diz a coragem
e a vivo
reafirma o direito à igualdade
Maria Teresa Horta
Poema a Aquilino Ribeiro
Quando tanto se fez
e mais se quer fazer
e a ânsia se desdobra
sem um desfalecimento;
Quando se olha o passado
e se escarnece do tempo,
gloriosas as mãos
que a enxada seguram.
Que lutador indomável
És Tu…, Homem!
Francisco Pratas
Poeta-Poeta
Dedicado à memória de Aquilino Ribeiro
Não há poeta-poeta que cante a violência
Para impor ideais
Nem poeta-poeta que não lute
Até à eternidade
Para que o homem e toda a Humanidade
Avancem mais
As guerras que ele incita
São as guerras do espírito mais altas
A do esclarecimento, do belo, da verdade
Nunca a da força bruta
E nunca a que mascare a liberdade
Não há poeta-poeta que não sofra
Sentindo a noite tapar a claridade…
Quem ama o escuro e canta as alegrias
De viver no cansaço dos milagres
Impondo o céu nas mãos dos que o consomem
Será talvez poeta, semideus, profeta
Mas não poeta-poeta
Pois jamais conseguirá o despertar
Das adesões mais íntimas do homem.
José Conde Barroso
Aquilino aqui hoje
na gruta funda a palavra cresce
e mesmo que tormentosos e sinuosos
os caminhos da leira literária abrem-se
ao demoníaco e ao sagrado em batalha sem fim
e se pelos bosques andam faunos é porque uma estrada
rompe na aldeia e nos braços ágeis dos lavradores
que como servos acreditam numa luz ao longe
que ofusca o arcanjo negro e o derruba
porque a geografia das veias é sentimental
e a humildade do sangue é uma gloriosa casa
que dos baús encoirados rompe
para que todo o homem saiba não haver distância
nem bloco lítico inexpugnável…
longe já perto o aço da bigorna e um claro uivo…
Martim de Gouveia e Sousa
____________
1908: “As Feiras”
“As sete colinas dormem a sono solto, enquanto lá em baixo, na cacimba marítima, a página de miséria cascalha, surge sempre, como um murmuroso regato de mágoas escarnecidas.”
1909: “Artistas Portugueses em Paris”
“Na grande arte encontra-se quanto à época um sopro revolucionário que lhe deu actualidade e uma alma eterna que fala à nossa alma.”
2008-09-09
2008-09-08
"Tintoretto"
Catálogo
Edición Museo Nacional del Prado
Diseño gráfico Francisco J. Rocha
Coordinación editorial y producción Ediciones El Viso
Coordinación editorial de la edición inglesa Paul Holberton
Dimensiones 24 x 28 cm Páginas472
Ilustraciones 63 de obras de catálogo a color y 206 ilustrativas a color y blanco y
negro
Encuadernación Rústica37 €
2008-09-05
2008-09-04
Reflexos da exposição de Beja na Expo Zaragoza
ARTE SACRA PORTUGUESA DESPERTA GRANDE INTERESSE EM ARAGÃO
Depois de uma verdadeira avalanche de visitantes, acaba de fechar as suas portas, em Espanha, a exposição “Um Rio de Água Pura – Arte Sacra do Sul de Portugal”, organizada pelo Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja e pelo Centro de Estudios Borjanos da Diputación de Zaragoza em três museus da cidade de Borja: o Museu Arqueológico, o Palácio de Aguilar e o Museu da Colegiada de Santa Maria. Esta iniciativa deu a conhecer cerca de meia centena de obras de arte de igrejas, conventos e museus do Baixo Alentejo, sendo a única actividade do programa oficial da Expo Zaragoza 2008 que, em estreita associação com o Pavilhão de Portugal e os municípios de Beja e Borja, teve lugar fora do recinto do Ebro.
Rainha Santa Isabel. Pintura da escola portuguesa. Séc. XVII. Convento da Conceição, Beja.
Ao longo do pouco mais de um mês que esteve patente ao público, a exposição registou cerca de 50 000 entradas, um número bem expressivo do interesse que a história e a cultura de Portugal despertam no Norte de Espanha. De facto, os laços antigos que uniram o nosso país a Aragão estão a ser redescobertos e vive-se um período de grande interesse quanto ao estreitamento de relações, não só no plano turístico mas também nos domínios do turismo, da economia, da educação, da inovação tecnológica e do desenvolvimento regional. Sinal expressivo disto reside na próxima geminação entre as cidades de Beja e Borja, cujo fio condutor será, além do património comum, a afinidade da sua estrutura agrícola, em que marcam presença o vinho e o azeite, sem esquecer o recurso às biotecnologias de vanguarda e a própria criação de rotas culturais ibéricas.
Um dos aspectos que mais chamou a atenção dos turistas espanhóis na exposição de Borja foi a grande diversidade da arte sacra portuguesa, que inclui manifestações estéticas e devocionais de verdadeira dimensão internacional, abarcando tanto a produção dos diferentes centros artísticos peninsulares e europeus como as obras de arte oriundas do Extremo Oriente (especialmente do Japão, da China e da Índia), de África e do continente americano. “Tão próximos e tão diferentes” foi um comentário muito ouvido nos núcleos expositivos. Outra dimensão bastante valorizada residiu no itinerário proposto, inspirado nos escritos teológicos de São Paulo, uma homenagem ao apóstolo que estendeu a sua evangelização ao território ibérico, no momento em que justamente se comemora, em toda a cristandade, o Ano Paulino.
Esta leitura foi sublinhada com enorme entusiasmo por um dos mais ilustres visitantes, Mons. Angelo Amato, Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, que se deslocou a Borja de propósito, no dia 3 de Agosto, para tomar conhecimento da exposição. Grande especialista em hagiologia e história, Mons. Amato analisou com grande interesse as pinturas, esculturas e relicários alusivos à vida de santos bem conhecidos da tradição cristã, manifestando-se surpreendido pela excepcional qualidade do património religioso português e transmitindo o desejo de visitar um dia, com tempo, as igrejas alentejanas e os seus tesouros de arte e fé.
A TVE e o canal autonómico TV Aragón dedicaram, tal como a Radio Nacional de Espanha (RNE) e as cadeias aragonesas de rádio, amplo destaque à exposição, que foi alvo de programas específicos nestes meios de comunicação. O mesmo aconteceu com a imprensa escrita, sendo de realçar as páginas que o principal diário aragonês, “Heraldo de Aragón”, consagrou à mostra. Entre as sementes desta iniciativa que ficaram no terreno da cooperação cultural e estratégica há que salientar a proposta de realização de uma outra exposição dedicada à Rainha Santa Isabel, princesa de Aragão e rainha de Portugal, no Palácio da Aljaferia, em Zaragoza, onde nasceu em 1271.
Diversas instituições aragonesas e navarras estão a preparar itinerários culturais que irão incluir Beja e o Baixo Alentejo nos seus percursos de turismo cultural, religioso e ambiental, pondo especial ênfase no culto de São Firmino, da Rainha Santa e de outros santos peninsulares muito venerados no Norte de Espanha.
Mais informações:
Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja
Largo dos Prazeres, 4
7800-420 Beja
PORTUGAL
Tel: +351 284320918
Fax: +351 284824500