2007-11-18

inundação

as águas rompem os canos
e súbitas fendem o basalto
alagando os interstícios
a parte opaca do coração.

depois uma nuvem dissolve
o marfim dos ossos e o olhar
cai então violentamente
sobre os pés as unhas breves.

de mim não mais do que onda
ou mar rebentando no cérebro.

7 comentários:

Ai meu Deus disse...

inundação. solidariedade.

Anónimo disse...

Parece que vem aí a chuva...

hfm disse...

como é belo este mar que tal poema deu.

cljp disse...

Parabéns pelo blog.
Abraço

Anónimo disse...

Há que tempos que não vinhas assim a terreiro! Abraço!!!

Anónimo disse...

subscrevo o Konde!




_______________Bjo.



y.

Anónimo disse...

E a dona do piano sempre nos brinda com links certeiros...

Belíssimas palavras.

(=