2007-11-30
em dia de greve
Uma nêspera estava na cama,
deitada, muito calada,
a ver o que acontecia.
Chegou a Velha e disse:
olha uma nêspera e zás comeu-a !
É o que acontece às nêsperas
que ficam deitadas, caladas,
a esperar o que acontece !
Adaptado de Mário Henrique Leiria, “Novos contos do gin tonic”, 1974
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estado da nação: mário henrique-leiria
2007-11-28
"Shadowlands"
JOVENS PROFISSIONAIS CATÓLICOS
EXIBIÇÃO DO FILME “SHADOWLANDS”
A associação Jovens Profissionais Católicos tem a honra de convidar V. Exª para a exibição do filme “Shadowlands”, seguida dos comentários do Padre Hugo Santos, Capelão da Universidade Católica de Lisboa.
Este filme retrata a autêntica história de amor entre C.S. Lewis, o conhecido escritor e professor irlandês, autor, entre outros, de Crónicas de Nárnia, e a sua mulher, interpretados magnificamente por Anthony Hopkins e Debra Winger. O filme, de 1993, foi realizado pelo famoso Sir Richard Attenborough, tendo 2 nomeações para Óscar: uma para melhor adaptação e outra para melhor actriz principal.
Local/data: Igreja de São Nicolau (sala grande), no dia 29 de Novembro (5ª feira), pelas 21h15m
Duração: Filme (2h10m) e comentários (15 minutos)
Entrada livre
"Jesus de Nazaré" - de Bento XVI
2007-11-27
2007-11-26
2007-11-24
ainda a recensão de António Manuel Couto Viana, agora mais legível
O essencial sobre António de Navarro
de SOUSA, Martim de Gouveia e
recenseador: António Couto Viana, 2007
Apreciação:
Na excelente colecção O essencial sobre, da Imprensa Nacional-Casa da Moeda, surge-nos, agora, da autoria de Martim de Gouveia e Sousa, um denso e minucioso trabalho crítico e biográfico sobre o poeta António de Navarro. Nasceu em 1902, no solar materno de Vilar Seco, próximo de Nelas, cuja nobreza e antiguidade da sua arquitectura o fascinava, tal como a procissão dos seus apelidos fidalgos: Albuquerque, Labatt, Sotto-Mayor, Pereira, Navarro de Andrade (é com eles que assina a sua adesão ao Integralismo Lusitano de António Sardinha). Cursou Direito em Coimbra, passando a ser o mais assiduo colaborador da revista presença, órgão do 2º Modernismo Português, cujos principais orientadores eram José Régio e João Gaspar Simões, que sempre lhe prezaram a obra. Foi, nas páginas da revista, sem dúvida a mais vanguardista, seguindo a inspiração de Sá-Carneiro e Ângelo de Lima, e de certo futurismo português, que começou a publicar os seus poemas. (Curiosamente, todo este acervo poético continua inédito em volume). Já em Lisboa, licencia-se na Escola Superior Colonial e exerce, por algum tempo, funções profissionais em Lourenço Marques, onde, em 1941, publica o seu primeiro livro de versos: Poemas de África. Regressado à metrópole, continua a editar-se em volume, sendo a sua obra mais significativa, talvez, A Ave do Silêncio. Tive a satisfação de ter, com ele, no final da vida, uma íntima relação, que me permitiu organizar-lhe o derradeiro volume O Acordar de Bronze; de lhe recolher os últimos versos, que constituem uma original fase depurada do seu percurso, que estudei e dei à estampa no livro Colegial de Letras e Lembranças, generosamente citado por Martim de Gouveia e Sousa. Possuo, de Navarro, três admiráveis poemas sobre D. Sebastião que divulgarei quando algumas dúvidas ortográficas se aclarem no meu espírito.
António Couto Viana, 2007
2007-11-22
2007-11-21
Lo(s) Cinético(s)
La voluntad de introducir el movimiento como elemento plástico, ya sea de forma real por medios mecánicos y eléctricos, o de forma virtual, a través de técnicas ópticas, ha sobrevolado sobre el arte del siglo XX. El movimiento, la velocidad como referencia de la modernidad y la máquina como símbolo del progreso tecnológico estuvieron presentes desde los inicios del discurso artístico de la vanguardia. Esta exposición pretende cartografiar las expresiones plásticas de esta voluntad de cinetismo desde dos postulados básicos, el primero de ellos define y rastrea la obra cinética a través de la historia del arte, desde los inicios de la modernidad hasta las últimas manifestaciones artísticas, sin atenerse a las estrictas periodicidades y clasificaciones que tradicionalmente se han establecido, sino desde una perspectiva transversal. El segundo postulado trata de reinterpretar el alcance y significado del cinetismo en América Latina como aportación ?propia? al discurso general del arte moderno.La muestra recorre con una ?mirada? abierta la presencia del cinetismo a lo largo de todo un siglo, deteniéndose en determinados ?momentos? de la vanguardia como el futurismo, el constructivismo, el dadaísmo o el surrealismo, para explorar y proyectar esta aspiración artística más allá del movimiento específico que se desarrolló en Europa a mediados del siglo XX. El grupo argentino Madí y ciertas obras de algunos artistas ?concretos? latinoamericanos pueden ser considerados también desde esta perspectiva. La primera ?intención? de este proyecto permite la incorporación a la muestra de artistas que no se han considerado técnicamente como cinéticos, pero que sí han jugado un importante papel a la hora de sentar las bases históricas de lo que, más tarde, se entiende como ?Movimiento cinético?. En este orden figuran artistas como Marcel Duchamp, Naum Gabo, László Moholy-Nagy, Giacomo Balla, Man Ray, Salvador Dalí, Alexander Calder, etc. La exposición, además, recoge la huella del cinetismo en el arte más reciente, estableciendo conexiones formales con artistas más jóvenes como Keiji Kawashima, Felicidad Moreno o José Patricio.La exposición se detiene especialmente en el París de los años sesenta, donde, focalizados en torno a la galerista Denise René, un grupo de artistas, buena parte de ellos latinoamericanos, le dan base programática al arte cinético. A partir de este momento se empieza a entender el factor cinético como una corriente que busca la expresión de movimiento en la creación plástica a través de varias vías: formando en la impresión óptica del espectador la ilusión de un movimiento virtual que realmente no existe; induciendo al espectador a desplazarse en el espacio para organizar (mentalmente) la lectura de una(s) determinada(s) secuencia(s); o realizando movimientos reales de imágenes mediante el uso de motores. En todo caso, es importante destacar que el primer gesto proto-cinético en América Latina, en el sentido estricto del término, se produce en Buenos Aires, cuando en 1944 el artista Gyula Kosice crea un escultura móvil y semiarticulada que exigía la participación activa del espectador. Con esta pieza de referencia, titulada ?Röyi? y que está incluida en la muestra, se llega al segundo postulado de la exposición.En este segundo apartado se intenta rescatar la importancia de los artistas latinoamericanos dentro de la corriente cinética, se redefine la participación continental latinoamericana dentro del Movimiento y se incorporan al proyecto no sólo a sus grandes figuras, ya reconocidas internacionalmente por la crítica, sino que se rescatan muchas otras que no han participado en las grandes exposiciones del movimiento o que no han tenido igual fortuna crítica. Entre los artistas latinoamericanos, reconocidos y asumidos por la crítica dentro de la corriente cinética y presentes en la muestra, están Jesús Rafael Soto, Carlos Cruz-Díez, Julio Le Parc, etc. Otros muchos, sin embargo, también están presentes en este proyecto a pesar de no figurar en las grandes exposiciones del Movimiento. Lo[s] Cinético[s] se erige, en este sentido, en un espacio que intenta resquebrajar la visión eurocéntrica del arte del siglo XX, destacando la participación y el reconocimiento -en algunas ocasiones póstumo- de artistas latinoamericanos que realizaron una importante contribución al arte universal, como es el caso, entre otros, de Matilde Pérez (Chile), Sandú Darié (Cuba) o Abraham Palatnik (Brasil). ÍndiceLa lógica del éxtasis. Osbel SuárezEppur si muove. Miguel Angel García HernándezCatálogoCronología. Matthieu Poirier y Alexandre QuoiBiografías. Orestes HurtadoEl sentir mediterráneo. Nada le es ajeno. Bridgey Riley no resta. Teresa Lanceta AragonésTraducciones EditaMuseo Nacional Centro de Arte Reina Sofía. Ministerio de Cultura2007Encuadernación en rústica27x21276 páginas 50.0 euros
2007-11-20
2007-11-19
2007-11-18
inundação
as águas rompem os canos
e súbitas fendem o basalto
alagando os interstícios
a parte opaca do coração.
depois uma nuvem dissolve
o marfim dos ossos e o olhar
cai então violentamente
sobre os pés as unhas breves.
de mim não mais do que onda
ou mar rebentando no cérebro.
e súbitas fendem o basalto
alagando os interstícios
a parte opaca do coração.
depois uma nuvem dissolve
o marfim dos ossos e o olhar
cai então violentamente
sobre os pés as unhas breves.
de mim não mais do que onda
ou mar rebentando no cérebro.
2007-11-17
"A cozinha de Vitalina", por Marcia Frazão
Quem entrasse na cozinha de Vitalina nunca desconfiaria de que na prateleira, dentro do pote de açúcar, morava uma fada. Como quase ninguém acredita em fadas, não foi preciso muito trabalho para ocultar a da cozinha. Vitalina deixava-a solta, livre para sair quando quisesse do pote de açúcar. Chamava-a de Dona Moça.
Dona Moça tinha gostos de moça. Gostava de flores no centro da mesa, paninhos de crochê cobrindo as prateleiras, cortinas coloridas na janela e toalhas bordadas em ponto de cruz. Ela e Vitalina eram tão unidas, que, se Vitalina não fosse bruxa e Dona Moça não fosse fada, dir-se-ia que eram uma só. Mas como uma era bruxa e a outra era fada preferiram dar um pontapé na tal unidade e se fizeram múltiplas. Eram tantas, que às vezes não se sabia quem era a bruxa e quem era a fada.
Quando Vitalina morreu, Dona Moça se encolheu dentro do pote. O açúcar foi empedrando, as flores do centro da mesa murchando, os paninhos engordurando, a cortina outonando e as toalhas manchando. Em pouco tempo as traças comeram os panos, os cupins devoraram as madeiras e misteriosamente o papagaio (único ser masculino permitido na cozinha) empalhou sem ninguém o ter empalhado. Dona Moça amarrou uma trouxa na ponta da asa, trancou a casa e mudou-se para outro pote. O tempo passou, e um dia desses me contaram a historia de uma mulher que tinha uma fada e uma bruxa dentro de um pote de açúcar.
Marcia Frazão
texto extraído de meu livro, O Caldeirão da Prosperidade, editora Planeta
2007-11-16
2007-11-15
2007-11-14
La Luna de Madrid y otras revistas de vanguardia de los años 80
Al cumplirse el vigésimo quinto aniversario de la conocida como Movida Madrileña, la Biblioteca Nacional exhibirá, del 20 de septiembre al 18 de noviembre, esta muestra, que gira en torno a la diversidad de publicaciones periódicas ? revistas de arte, de literatura, de cine, cómics y fanzines ?, que surgieron en la década de los ochenta tanto en Madrid como en otros focos culturales de nuestro país y que fueron vía de comunicación de las acciones emprendidas por distintas especialidades artísticas que confluyeron en unos pocos años plenos de creatividad.Comisariada por José Tono Martínez, especialista en el tema y director durante unos años de La Luna de Madrid, la exposición se estructura en diferentes apartados en los que se presentan más de ciento veinte piezas: números sueltos de las revistas, originales de portadas, dibujos, fotografías, carteles y otros objetos, reunidos con el objetivo de dar a conocer tanto el contenido visual como el intelectual de estas publicaciones, que sirvieron como foros de discusión y potenciaron la transmisión de las ideas generadas por distintos grupos.Los años ochenta del pasado siglo XX constituyen una de esas épocas históricas de especial ebullición. El cambio político tan demandado por la sociedad española supuso una conmoción que desató las ansias creativas contenidas durante tantos y tantos años de represión y dictadura. Una vez más las revistas sirvieron de cauce y se convirtieron en un fenómeno que superaba ampliamente la difusión de unos contenidos escritos para convertirse en el referente de una nueva forma de vivir. Las revistas recogieron muy temprana y sagazmente las demandas de la calle. La Luna de Madrid como proyecto de revista y de otros productos culturales, tuvo el enorme mérito intuitivo de saber poner de acuerdo y juntar voluntades y estilos de muchas personas. El primer director de la revista, impulsor y aglutinador del grupo fundador, fue Borja Casani, al que siguieron otros directores: José Tono Martínez y Javier Tímermans. Tenía un carácter coral y en cada número colaboraban cientos de artistas y creadores. Se hacía desde Madrid, pero no sólo para Madrid. Llegó a vender 30.000 ejemplares mensuales en sus mejores momentos. Nunca una revista cultural en nuestro país ha tenido ese impacto. Sus fiestas y conciertos anuales se convirtieron pronto en legendarios. Esta exposición da cuenta de todo aquel fenómeno y se completa con otras revistas que, al tiempo que La Luna de Madrid, contribuyeron al cambio social, artístico y cultural de aquella década prodigiosa.
Índice
Catálogo razonado
La Luna de Madrid y otras revistas de vanguardia de los años ochenta. José Tono Martínez y Borja CasaniLo bello, si efímero, dos veces bello. Juan Carlos de LaiglesiaViaje a La Luna. José Luis TiradoTreinta y cinco y en la calle. Vicente PatónLa moda en La Luna, genealogía de una estética. Pedro Mansilla ViedmaLa ciudad inventada. Javier OlivaresSe logró por el esfuerzo y el talento de muchos. Juan Ramón Martínez-AchaA la sombra de La Luna. Javier Timermans de PalmaLa revista La Luna y la fotografía. Antonio Bueno
Galería de imágenes EditaBiblioteca Nacional
2007 Encuadernación en rústica 30x24 126 páginas Fotografías
40.0 euros
2007-11-12
2007-11-11
Junta as tuas meias às minhas… e torna os dias e as noites de Lisboa mais quentes!
Campanha de Angariação de Meias para os Sem Abrigo de Lisboa
Equipa B – Volta de 4ªFeira
Comunidade Vida e Paz
Somos uma das muitas Equipas de Rua que colabora com a Comunidade Vida e Paz no apoio aos Sem-Abrigo de Lisboa durante a noite.
E todas as noites ouvimos o mesmo pedido: Têm meias? Têm meias? Têm meias?
Pegámos nestes pedidos e decidimos realizar esta Campanha - Junta as tuas meias às minhas… e torna os dias e as noites mais quentes!
Objectivo – angariar 5000 pares de meias até à noite de Natal!
Para quem estiver interessado em aquecer os dias e as noites – contacte-nos por mail: vsophya@hotmail.
Muito Obrigada pela ajuda… e pelas meias!
2007-11-10
2007-11-09
2007-11-08
2007-11-07
Ephemera. La vida sobre el papel. Colección de la Biblioteca Nacional
Catálogo de la exposición en la que se presenta parte de la colección Ephemera de la Biblioteca Nacional. Índice Lo efímero perdurable, Luis Racionero Introducción, Rosario Ramos Pérez Catálogo: Felicitaciones Recordatorios y estampas devocionales Invitaciones, programas, carnets de baile, orquestas Menús, listas de precios, itinerarios, horarios Papel de cartas, orlas Emblemas del auxilio social Tarjetas y prospectos de productos y establecimientos comerciales Calendarios Paipáis Etiquetas y envoltorios de productos y establecientos comerciales Cromos Juegos Tarjetas postales Notas biográficas Índices Índice de editores Índice de empresas y establecimientos comerciales Índice de entidades e instituciones Índice de fábricas y fabricantes Índice de ilustradores, grabadores, fotógrafos y autores de composición Índice de marcas Índice de talleres Relación de obras expuestas Bibliografía |
Edita Biblioteca Nacional 2003 Madrid 29x25 542 páginas Encuadernación en cartoné Ilustraciones |
50.0 euros |
2007-11-06
Fractura e artifício na carreira docente
Artificial, desnecessário e seco, eis que um golpe é desferido sobre os professores, dividindo-os e acantonando-os em lugares sem prestígio: do ano passado para este, quem olha não vê que a eventual investidura resulte de importantes actos validativos, antes percebendo que tudo é mera soma de pontuações arbitrárias que não coonestam, sequer, os preceitos regulamentares da experiência e da excelência.
Pela primeira vez, fez-se tábua rasa do passado dos professores. Ninguém no Ministério quis saber de médias de licenciatura ou de profissionalização, de escalões ou de tempo de serviço, de currículos ou de valorizações pessoais. Em época de crise nas instituições de ensino de que os políticos também têm brotado, nomeadamente nas tidas por “facilitadoras”, não deveria o Ministério, se queria fracturar, ter criado comissões científicas que avaliassem com rigor o trajecto dos docentes?
A mais nobre missão do professor é permanecer nas salas de aula. Respeitando-se todas as outras missões dentro e fora das escolas, nunca seria justo castigar quem mais lições deu e quem menos ganhou: não podemos esquecer, sem qualquer acrimónia, que os cargos, alguns deles, implicam menos aulas e mais dinheiro.
Esta cisão artificial e desnecessária tem muito para contar: desde professores de 10º escalão, com currículos valiosos, a serem preteridos por colegas de escalões inferiores, com menos pontos e dentro das mesmas escolas até professores destacados em estabelecimentos a suplantarem docentes dos quadros são aqui mero exemplo. Mas não só: a perversão das regras ministeriais, mostrativa de desconhecimento sobre o funcionamento efectivo das escolas, inscreveu (pelo menos, até ver) que a titularidade estava dependente de mais ou menos cargos desempenhados, como se uma direcção de turma, uma assessoria ou uma passagem pela biblioteca não fossem muitas vezes fruto da necessidade de preencher um horário. Em rigor, não há nisto rigor nenhum e nem um professor se mede aos pontos.
Em texto codicioso há pouco publicado no “Público”, Maria Filomena Mónica, olhando para dentro do Ministério e para parte dele claramente identificada, alerta para a destruição causada por todos aqueles que “não têm uma ideia do que sejam as humanidades”. Bastaria conhecer um conto de António Botto para que a fractura não existisse assim, até porque ela não é verdadeira, nem benevolente e nem sequer necessária.
Artificial, desnecessário e seco, o golpe fere ainda sobre um mesmo corpo. Nunca é tarde para chegar à verdade. Deve quem pode dar outros passos…
[RCI, nº 155, ano 21, Outubro 2007]
Pela primeira vez, fez-se tábua rasa do passado dos professores. Ninguém no Ministério quis saber de médias de licenciatura ou de profissionalização, de escalões ou de tempo de serviço, de currículos ou de valorizações pessoais. Em época de crise nas instituições de ensino de que os políticos também têm brotado, nomeadamente nas tidas por “facilitadoras”, não deveria o Ministério, se queria fracturar, ter criado comissões científicas que avaliassem com rigor o trajecto dos docentes?
A mais nobre missão do professor é permanecer nas salas de aula. Respeitando-se todas as outras missões dentro e fora das escolas, nunca seria justo castigar quem mais lições deu e quem menos ganhou: não podemos esquecer, sem qualquer acrimónia, que os cargos, alguns deles, implicam menos aulas e mais dinheiro.
Esta cisão artificial e desnecessária tem muito para contar: desde professores de 10º escalão, com currículos valiosos, a serem preteridos por colegas de escalões inferiores, com menos pontos e dentro das mesmas escolas até professores destacados em estabelecimentos a suplantarem docentes dos quadros são aqui mero exemplo. Mas não só: a perversão das regras ministeriais, mostrativa de desconhecimento sobre o funcionamento efectivo das escolas, inscreveu (pelo menos, até ver) que a titularidade estava dependente de mais ou menos cargos desempenhados, como se uma direcção de turma, uma assessoria ou uma passagem pela biblioteca não fossem muitas vezes fruto da necessidade de preencher um horário. Em rigor, não há nisto rigor nenhum e nem um professor se mede aos pontos.
Em texto codicioso há pouco publicado no “Público”, Maria Filomena Mónica, olhando para dentro do Ministério e para parte dele claramente identificada, alerta para a destruição causada por todos aqueles que “não têm uma ideia do que sejam as humanidades”. Bastaria conhecer um conto de António Botto para que a fractura não existisse assim, até porque ela não é verdadeira, nem benevolente e nem sequer necessária.
Artificial, desnecessário e seco, o golpe fere ainda sobre um mesmo corpo. Nunca é tarde para chegar à verdade. Deve quem pode dar outros passos…
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estado da nação: martim de gouveia e sousa
2007-11-05
Biblioteca Hispánica. Obras Maestras de la Biblioteca Nacional de España
Esta exposición está íntimamente relacionada con la Biblioteca Digital Hispánica, contribución española al proyecto de Biblioteca Digital Europea (TEL, The European Library) liderado en España por la Biblioteca Nacional.
Para la gestación de la Biblioteca Digital Hispánica, la Biblioteca Nacional ha contado con la colaboración de un comité de expertos en diferentes áreas del conocimiento que tienen amplia representación en las colecciones de la Biblioteca Nacional.
Coordinado por José Manuel Blecua, han integrado el comité Fernando Bouza (Historia), Aurora Egido (Filología), Antonio Gallego (Música), Emilio Lledó (Filosofía), Tomás Llorens (Arte), Carlos Malamud (Historia de América), Jaime Moll (Historia del Libro) y José Luis Peset (Historia de la Ciencia), quienes, además de seleccionar las obras que habían de incluirse en cada una de las áreas, han redactado los textos introductorios a los diferentes apartados en los que se articula la exposición, como también han hecho Valeriano Bozal y Carmen Líter sobre aspectos de la representación artística y la cartografía.
La selección abarca una amplia variedad de materiales de muy diversa tipología, antigüedad o temática, pero con una intención común: presentar un conjunto de las obras más importantes, representativas o singulares por su relevante significado o su profunda influencia en la cultura hispánica y, por ende, en la universal.
Constituye esta selección una primera aportación germinal a la Biblioteca Digital Hispánica que la Biblioteca Nacional se dispone a ofrecer al público a través de Internet. Se estableció por ello un límite cronológico para que el acceso a las obras pudiera ser libre. Por otro lado, el número de obras a seleccionar por los expertos se limitó a doscientas. Y aun cuando, si se compara con el conjunto total de tesoros que la Biblioteca Nacional custodia, pudiera parecer un número relativamente modesto de obras, la rigurosa selección realizada por el comité de expertos nos ofrece la oportunidad de contemplar reunido en un único espacio un deslumbrante compendio de obras maestras de la cultura hispánica.
Esta selección realizada temáticamente se presenta en la exposición en los siguientes siete apartados temáticos que se proponen reflejar la actividad del ser humano en tanto que creador de obras de diversa naturaleza en el ámbito cultural, artístico, científico o técnico, así como la representación del mundo en que vive y se desarrolla socialmente.
Índice:
I. Sobre el autor y la transmisión de la obra.Este apartado, subdividido en dos, se centra en primer lugar en el trabajo creativo del autor, cualquiera que sea la naturaleza de la obra creada: literaria, gráfica, cartográfica o musical. En segundo lugar se indaga en la difusión de las obras a lo largo del tiempo, con especial atención a la importancia de la imprenta como vehículo transmisor.Entre los autores de la importante colección de autógrafos de escritores españoles ?especialmente del Siglo de Oro? se muestra la versión manuscrita de La dama boba de Lope de Vega, junto con algunas de las ediciones impresas en las que se observan variantes, incluso en el título: La boba discreta.En el ámbito de la creación artística, la figura de Goya, cuya obra está ampliamente representada en la Biblioteca Nacional, permite mostrar dibujos y pruebas de estado únicas, en las que se aprecia el proceso de su creación.La música está representada por ejemplos del proceso creativo en su totalidad, desde la génesis hasta la obra representada. Dentro de la producción de Barbieri, cuyo legado ha sido el germen de la importante colección musical de la Biblioteca Nacional, se muestra Jugar con fuego, un buen ejemplo para analizar todo este proceso, desde la escritura de las primeras notas hasta su llegada a los escenarios.Como muestra del trabajo cartográfico, se expone la obra de Tomás López, geógrafo de Carlos III, que envió un cuestionario a todos los lugares de España para disponer de información fiable, lo que le permitió elaborar el primer mapa de España realizado de forma sistemática. La forma y los medios técnicos utilizados en la transmisión y difusión de la obra creada ha variado y coexistido a lo largo del tiempo. Muestra de ello son las obras manuscritas y sus correspondientes ediciones impresas, ya sea en imprenta manual o mecánica, o bien, en el caso de las imágenes, los dibujos, que de pieza única se transforman en ejemplares múltiples gracias a las técnicas del grabado y más tarde de la litografía.Como ejemplo de coexistencia de la obra manuscrita e impresa, se destaca en este apartado, por su singularidad y belleza, el Misal rico de Cisneros, manuscrito realizado por encargo del cardenal Francisco Jiménez de Cisneros, y la Biblia políglota complutense, primera impresión multilingüe de la Biblia, concebida por dicho cardenal y considerada como una de las más importantes aportaciones a la tipografía española del siglo XVI. Destaca especialmente en esta obra impresa la belleza de los tipos griegos, que se combinan con los latinos y hebreos.
II. Del concepto imaginado al práctico concepto: voces, letras, música e imágenes.Los seres humanos han transmitido sus conocimientos y pensamientos a través del lenguaje que perdura en los textos, las imágenes y la música.En este apartado se muestran textos o manuales para la enseñanza de las distintas lenguas, como la gramática de Nebrija, la obra de Pedro de Alcalá para la enseñanza del árabe, o el vocabulario de la lengua mexicana y castellana de Alonso de Medina. En otros casos la comunicación presenta formas diferentes a la escritura; ejemplo de ello son curiosidades como el catecismo con el que Pedro de Gante difundió mediante pictogramas la doctrina cristiana entre los indios que tenían lenguas carentes de escritura, o el que se considera el primer manual para enseñar a hablar a los mudos con el lenguaje de signos.Las imágenes han servido tradicionalmente de apoyo para una mejor comprensión o recreación de los textos. Como ejemplo de ello se exponen el Beato de Liébana, y el Libro de horas de Carlos VIII, rey de Francia, o el De aetatibus mundi imagines, del renacentista Francisco de Holanda, constituido por dibujos de gran belleza y modernidad inspirados en la Biblia que narran desde la creación del mundo al Apocalipsis.Se incluyen dibujos y grabados de artistas de la talla de Velázquez, Goya, Durero, Rembrandt, Ribera, Carducho y Fortuny, como representación de obra gráfica realizada para en distintos momentos de la historia del arte y con diferentes técnicas.La música se representa a través de las obras de los teóricos y tratadistas españoles ?Juan Bermudo, Francisco Salinas, y el compositor Tomás Luis de Victoria?, así como de los libros impresos para la enseñanza de los distintos instrumentos.
III. La concepción del mundo y sus cartografías. Ampliando fronteras: América descubierta y descrita.La evolución de la descripción gráfica del mundo y sus accidentes geográficos es una de las ciencias que ha tenido mayor influencia en el desarrollo de los países. La Biblioteca Nacional conserva una importante colección de mapas manuscritos e impresos, algunos de los cuales son de una extraordinaria importancia, tanto por lo que representan como por la belleza y precisión de su trazado. Entre los más bellos podríamos destacar el Atlas de Battista Agnese, entre cuyos mapas se muestran desde los puertos del mar Mediterráneo a la ruta de Magallanes-Elcano en su viaje alrededor del mundo. Destaca además de por su belleza, por su cuidada ejecución el Atlas de Sgrooten dedicado a Felipe II, en el que además de la representación del mundo figuran las tierras europeas del imperio español.La llegada a América supone la ampliación del mundo hasta entonces conocido, lo que se refleja en las descripciones realizadas por los que participaron en ella, como es el caso de Hernán Cortés, Bartolomé de las Casas, Diego Durán y Gonzalo Fernández de Oviedo.Mapas impresos, en su mayoría de grandes dimensiones, ofrecen una representación más exacta de los diferentes territorios de España, América y Filipinas, debida al desarrollo de la cartografía y de los instrumentos de medición. Fundamentales son, en este sentido, las obras de Jorge Juan, Antonio de Ulloa y Alexander von Humboldt.
IV. El desarrollo científico y técnico.Aunque las colecciones de la Biblioteca Nacional son en su mayoría históricas y literarias, la ciencia y la técnica están representadas por un conjunto de obras de gran relevancia. Son especialmente significativos los códices de Leonardo da Vinci, el Dioscórides, bella edición impresa en pergamino e iluminada para ser regalada a Felipe II, y los tratados de anatomía de Montaña de Monserrate y de Valverde de Hamusco. Otras piezas científico-técnicas importantes son el tratado de Firrufino orientado a la formación práctica de los artilleros, y el de Manuel del Río, sobre el funcionamiento de los relojes mecánicos.Los dibujos de arquitectura están representados por obras de Giovanni Battista Montano y el trazado atribuido a Claudio Coello.Como cierre de este apartado, la fotografía del faro de Buda muestra el desarrollo de la ingeniería a mediados del siglo XIX, plasmada en la serie de fotografías «Obras públicas de España».
V. Filosofía y Política.Entre las obras de filosofía se destaca la pervivencia del espíritu clásico en las traducciones de Platón, de las que se muestra un manuscrito del siglo XV con una bella orla en su página inicial, u otra traducción de Séneca, de Alonso de Cartagena, también manuscrita, y la primera traducción realizada por Pedro Simón Abril de la Política de Aristóteles impresa en Zaragoza en 1584.
En lo referente a la política se muestran una serie de obras que recogen el ordenamiento jurídico y las normas políticas dictadas a lo largo del tiempo que permiten la convivencia entre los ciudadanos. Ejemplo de ello para el periodo medieval son el Fuero Juzgo, Las Siete Partidas y un Privilegio rodado de Alfonso XI; para la edad moderna, el codicilo de Isabel la Católica donde sienta las bases de las leyes de Indias, y la Política indiana de Solórzano, primera sistematización del derecho indiano.Acaba este apartado con una muestra de las constituciones españolas del siglo XIX.
VI. Palabra en el tiempo.Entre el riquísimo fondo de literatura que conserva la Biblioteca Nacional, se exponen algunas obras representativas de distintos géneros literarios. La poesía está representada por el manuscrito del Cancionero de Stúñiga, con una bellísima orla en su primera página, y la edición impresa del Cancionero general de Hernando del Castillo, y obras de autores como Boscán, Quevedo, Villegas, los místicos Santa Teresa de Jesús y San Juan de la Cruz, para concluir en el siglo XIX con Bécquer y Rosalía de Castro.Ejemplos de literatura de amplia difusión que ha llegado a nosotros en escaso número de ejemplares que los convierten en rarezas bibliográficas son la edición ilustrada de La Celestina de Francisco de Rojas y los pliegos góticos, que recogen romances como el de la Reina Troyana y Don Virgilios, todos ellos impresos en el siglo XVI.
También se incluye una muy breve selección de la literatura iberoamericana representada por La Araucana de Ercilla, las poesías de sor Juana Inés de la Cruz y el Martín Fierro de José Hernández.
VII. Cultura, público y sociedad.El Triunfo de Maximiliano, fastuoso cortejo realizado en acuarela sobre pergamino, y el Pompa Introitus, magnífica edición impresa en pergamino que conmemora la entrada triunfal en Amberes del cardenal infante don Fernando de Austria, describen acontecimientos singulares y ponen de manifiesto la grandiosidad del poder.
La vestimenta y la moda están representadas por el primer tratado de sastrería del siglo XVI y la Colección de trajes de España grabada por Juan de la Cruz Cano y Olmedilla para difundir una nueva imagen de la población española.
Los carteles publicitarios del siglo XIX seleccionados pretenden mostrar la variedad de temas abordados por la publicidad: desde los anuncios de productos comerciales hasta el reclamo para diferentes espectáculos o fiestas populares.
Del variado y numeroso fondo fotográfico de la Biblioteca Nacional se ha seleccionado un reducido número de fotografías que reflejan la imagen de la mujer trabajadora durante la guerra civil española y muestran instantáneas de la vida social al servicio de los distintos organismos de la propaganda política.
EditaBiblioteca Nacional
EditaBiblioteca Nacional
2007 Madrid
29x25
387 páginas
Encuadernación en rústica
Fotografías
50.0 euros
50.0 euros
2007-11-04
2007-11-03
2007-11-02
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