2017-06-09

Vasco Graça Moura e Aquilino Ribeiro – o acorde literário


Vasco Graça Moura e Aquilino Ribeiro – o acorde literário

Na sempre estimulante e certamente esquecida crónica que Vasco Graça Moura subscrevia na revista Sábado da década de 80 – e refiro-me a “Semana inglesa” -, não esquecia o escritor e cronista o fulgor canónico de Aquilino Ribeiro ao aludir ao matizado descaso de Mau tempo no canal, de Vitorino Nemésio, que, em 44 anos, conhecera apenas sete edições correntes (estávamos em 1988) e que era, no entendimento graçamouriano, um caso de um romance dotado de todas as qualidades do género.
Tal texto, intitulado “Mau tempo”, integra escassas menções de obras-primas do mais de meio século português até então vivido pela literatura portuguesa. Moura fala apenas de Nemésio, Torga e Aquilino. E de Aquilino apresenta dois títulos que são casos de “um acorde perfeito e iluminante entre a escrita, a matéria e a realidade”: O Malhadinhas e A Casa Grande de Romarigães.
Viseu, 8 de junho de 2017

Martim de Gouveia e Sousa

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