[desurbe]
tudo estava nos muros da cidade
toda a poluição dos interstícios
os jogos malabares da politiquice
as mensagens surdas dos jardins
a agulha cruciante no palato – o ar.
o ar fétido vindo daí dos muros
a podridão de tudo nas sombras
as antigas alamedas corrompidas
prostitutas oraculares dos affaires
da decadência funda deste tempo.
por que te moves, cobra, rasteira?
por que te mexes, cobra, festiva?
por que te vendes, cobra, prostituída?
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