2012-06-06

de longe

vêm de longe as árvores
atravessaram os séculos
enormes blocos de desejo
que afundam nas palavras
como figuras maiores aí.

no espanto da noite que vem
apodrecem as folhas morrem
as frondosas copas as trevas
antecedem a névoa dispersam
os mortos na mão redivivos...

não tarda a flauta a primavera nos dedos.

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