uma atrás da outra as estações
como sangue empurrando a vida
todo o fanal é um incêndio na pele
uma pedra rude dessorando tudo
um súbito terraço dentro da mão.
uma sem outra as estações devêm
com seus túneis e apeadeiros longe
e toda a gare é pórtico dos mortos
gritos vivos na brasserie côncava
que estalam nas folhas presos ao fogo.
depós uma a outra vem imóvel arde
no chão que com ela abraço entranho
o movimento dos flancos submersa
a treva balouça desaparece em sonho
porque dois corpos ardem frondosamente.
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