2010-06-01
"Góia" de Voznessenski
“Sou Góia!
Arrancou-me o inimigo as furadas órbitas em voo para o campo nu.
Sou horror.
Sou grito.
Da guerra, do carvão das cidades na neve do ano quarenta e um.
Sou fome.
Sou garganta
De mulher enforcada cujo corpo, como um sino, tangia na praça nua...
Sou Góia! Ó cachos
Da represália! Em descarga voo para o ocidente, eu cinza de inesperado visitante!/
E na memória do céu sólidas estrelas cravo.
Como cravos.
Sou Góia.”
[tradução de José Sampaio Marinho]
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