2008-10-12

nem

um clarão fundo azul celeste
rompe e mistura-se no sangue
enquanto sonoro nítido o mar
irrompe pelos pés como fado
pelos dedos do marinheiro…

hoje sou assim velho biombo
cruzado por tons e ventos
algas conchas e serapilheiras
cosido a antiquíssimo fiorde
espumado dentro de mim…

nem com os pássaros sigo.

4 comentários:

Anónimo disse...

Felizmente, as palavras, caro Martim...

hfm disse...

mas há um seguimento na poesia... belíssimo!

isabel mendes ferreira disse...

já não sei comentar!


fico-me pelo muito óbvio:




de uma beleza....nítida.....sangrante.




beijo MARTIM.

Anónimo disse...

Belo mesmo, Martim!