I
como se sol a ferida fosse
espiga de aço rompe a pele
trazendo fungos quotidianos
unidos ao embrulho do corpo.
breve traço ilumina o rosto
e do ácido da boca um grito
rompe pelas veias fundas
e na pletora dos tecidos.
um prego de aço cruza o dia
rápido abismo sobre o flanco
assim dado à fluidescência
como se água em sujo pântano.
lento outro corpo chega junto
abrindo-se à permeabilidade
como se o futuro aí estivesse
nessa ferida contra o sol.
II
serpe alada
desce
e o corpo
cresce
emotiva palavra
assim corrente
dentro
dos olhos pálidos
dentro só.
III
pálida a voz
rouco o corpo
assim jazente…
IV
grito cava
voo rasante
traz o dia
e o fumo dentro da casa.
V.
fenece a luz
e o ditirambo
ferve
lamparina sendo.
VI.
vem a morte
vem o rito
de ti a face
que fito.
VII.
tubular um grito
cai no silêncio da noite
e invade-te a casa
através das telhas.
VIII.
claro que podes
desde que o saibas…
IX.
no indefinido ardor
o óleo da pele
à memória chega –
uma ode cai no mar
e a água foge da terra.
X.
pinga a pinga o sangue
do corpo vivo e exangue…
como se sol a ferida fosse
espiga de aço rompe a pele
trazendo fungos quotidianos
unidos ao embrulho do corpo.
breve traço ilumina o rosto
e do ácido da boca um grito
rompe pelas veias fundas
e na pletora dos tecidos.
um prego de aço cruza o dia
rápido abismo sobre o flanco
assim dado à fluidescência
como se água em sujo pântano.
lento outro corpo chega junto
abrindo-se à permeabilidade
como se o futuro aí estivesse
nessa ferida contra o sol.
II
serpe alada
desce
e o corpo
cresce
emotiva palavra
assim corrente
dentro
dos olhos pálidos
dentro só.
III
pálida a voz
rouco o corpo
assim jazente…
IV
grito cava
voo rasante
traz o dia
e o fumo dentro da casa.
V.
fenece a luz
e o ditirambo
ferve
lamparina sendo.
VI.
vem a morte
vem o rito
de ti a face
que fito.
VII.
tubular um grito
cai no silêncio da noite
e invade-te a casa
através das telhas.
VIII.
claro que podes
desde que o saibas…
IX.
no indefinido ardor
o óleo da pele
à memória chega –
uma ode cai no mar
e a água foge da terra.
X.
pinga a pinga o sangue
do corpo vivo e exangue…
2 comentários:
Felizmente há palavras... Abraço!
felizmente hÁ PAIXÃO.
beijo.
y.
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