[mundanal]
é nos olhos que o mundo arde.
rápido como estação em fuga
do horizonte ao cerne ´prime
sobre o corpo e os ombros cai
tomando os estuários da pele
os vestígios fundos do tempo
todo o torcicolado dos lugares
por onde um dia foste amaste.
nessa morada ardente única
uma língua fendente é lâmina
que marca o espaço o incêndio
essas coxas de ti emergentes
como serpente dentro da praia.
fundente no abismo escorrego
durmo nesta paz química de ti
vinda onde desatento te beijo
na espuma que dos dias deploro.
é nos olhos que arde isto – e posso.
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