participaste sim das rosas de piéria
e nem sombra te quebrará o olhar.
2009-12-31
2009-12-28
2009-12-27
O Natal do SPRC.Fenprof
Votos de Boas Festas !
Que 2010 seja bem melhor que o ano que agora termina !
Pl’ A Direcção Distrital de Viseu do SPRC.FENPROF
(Francisco Almeida)
Que 2010 seja bem melhor que o ano que agora termina !
Pl’ A Direcção Distrital de Viseu do SPRC.FENPROF
(Francisco Almeida)
2009-12-25
"Presente de Natal" pelo P. Gonçalo Portocarrero de Almada
Era sempre a mesma coisa! Todos os anos, depois das festas do Natal e do novo Ano, prometia e jurava a pés juntos que, para a próxima, não iria deixar tudo para a última, que iria comprar os presentes com tempo, que não se deixaria levar pela lufa-lufa das vésperas, ao cumprir aquela cansativa mas necessária tradição de dar a alguns familiares e amigos, no dia do nascimento de Jesus, alguma pequena lembrança. Mas depois, por inadiáveis compromissos profissionais e não só, postergava sistematicamente a realização desse seu propósito, com a inevitável consequência de se ver obrigado a realizar essas compras precisamente quando as lojas pululavam de clientes e os centros comerciais, pejados de compradores compulsivos, pareciam imensos formigueiros de frenéticas térmitas.
Natal. O Natal é uma maçada! – desabafou para si mesmo, quando bateu com o nariz na porta daquela pequena loja de artigos de bom gosto, onde tencionava comprar alguma coisa para a sua mãe. A velha senhora, já octogenária, via com dificuldade e ouvia mal, para além de outros achaques próprios da idade, pelo que não era fácil encontrar um presente à medida das suas limitações. Mas, apesar disso, gostava de lhe levar sempre qualquer coisa, um mimo que, por insignificante que fosse, expressasse naquele dia o seu amor filial e a sua gratidão.
Quando chegou a abençoada noite de consoada, a que se seguiria, já depois da Missa do galo, a troca dos presentes, encontrou-se desesperadamente de mãos vazias. In extremis, tinha ainda ido à florista do bairro, na expectativa de que um bonito ramo o pudesse livrar de tão aflitivo apuro. Mas também essa tentativa saiu gorada: a simpática «dama das camélias» tinha abalado para a terra e fechado o estabelecimento, não sem antes o guarnecer com um intermitente voto luminoso de Boas Festas, obviamente «made in China».
Estava tudo perdido! Foi de mãos a abanar que tocou à porta da casa que a mãe abriu, com a ternura de sempre. Depois do cumprimento habitual, balbuciou uma desculpa qualquer, que a velha senhora não deixou concluir:
- Mas, meu filho, isso não importa, o que realmente interessa é que tu tenhas vindo!
A verdade é que a sua primeira reacção foi de alívio ante aquela indulgente amnistia maternal, mas só mais tarde lhe descobriu o seu verdadeiro sentido: o Natal não é só, nem principalmente, a festa dos presentes, mas a solenidade do Deus-presente, que se faz dom para a humanidade porque, como escreveu São João, «Deus amou de tal modo o mundo que lhe deu», por presente, «o Seu Filho Unigénito, para que todo aquele que crê n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna» (Jo 3, 16). No Natal de há dois mil anos, Deus não nos deu nenhuma coisa, mas Alguém: deu-Se a Ele mesmo na pessoa do seu Filho, Jesus.
Neste Natal dê presentes, mas sobretudo dê-se como presente aos outros: em vez do filho, marido, mulher, pai ou mãe ausente, em vez do familiar ou amigo esquecido; em vez do colega ou vizinho distante; seja um filho-presente, uma mãe ou um pai-presente, uma familiar-presente, uma amigo-presente, um colega-presente, um vizinho-presente.
Dar presentes é bom, como fizeram os magos e, certamente, os pastores, mas ser presente é muito melhor, porque é ser como Jesus e dar aos outros aquela inefável alegria que, na pobreza do presépio de Belém, experimentaram tão intensamente Maria e José.
Um Santo Natal!
O Natal da Livraria Antiquária do Calhariz
Desejamos a todos os nossos
clientes, colegas e amigos um
Santo Natal,
cheio de Paz e Harmonia,
a prolongar-se por todo o Ano
Boas Festas
e continuação de boas leituras
Livraria Antiquaria do Calhariz
clientes, colegas e amigos um
Santo Natal,
cheio de Paz e Harmonia,
a prolongar-se por todo o Ano
Boas Festas
e continuação de boas leituras
Livraria Antiquaria do Calhariz
O Natal da livrariaalfarrabista
…Desejamos a todos os nossos Clientes…
*Boas Festas*
http://www.livrariaalfarrabista.com/
Liliana Queiroz - lilianasqueiroz@gmail.com - +351969587464
Rui Esteves - ruixesteves@gmail.com - +351966884333
*Boas Festas*
http://www.livrariaalfarrabista.com/
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Rui Esteves - ruixesteves@gmail.com - +351966884333
O Natal da Poetria
Sonhar é preciso. Viver também é preciso, neste NATAL e nos Natais que hão-de vir.
A POETRIA deseja a todos os seus Amigos e Clientes um Natal alegre, luminoso e mágico, e que o novo ano nos traga o sonho, a poesia e a esperança num futuro de paz e harmonia universal.
POETRIA
Nasce mais uma vez,
Menino Deus!
Não faltes, que me faltas
Neste inverno gelado.
Nasce nu e sagrado
No meu poema,
Se não tens um presépio
Mais agasalhado.
Nasce e fica comigo
Secretamente,
Até que eu, infiel, te denuncie
Aos Herodes do mundo.
Até que eu, incapaz
De me calar,
Devasse os versos e destrua a paz
Que agora sinto, só de te sonhar.
(Miguel Torga)
--
--
Livraria Poetria
+ poetriablog.wordpress.com
+ www.twitter.com/livrariapoetria
A POETRIA deseja a todos os seus Amigos e Clientes um Natal alegre, luminoso e mágico, e que o novo ano nos traga o sonho, a poesia e a esperança num futuro de paz e harmonia universal.
POETRIA
Nasce mais uma vez,
Menino Deus!
Não faltes, que me faltas
Neste inverno gelado.
Nasce nu e sagrado
No meu poema,
Se não tens um presépio
Mais agasalhado.
Nasce e fica comigo
Secretamente,
Até que eu, infiel, te denuncie
Aos Herodes do mundo.
Até que eu, incapaz
De me calar,
Devasse os versos e destrua a paz
Que agora sinto, só de te sonhar.
(Miguel Torga)
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"A subversão da religião" por Anselmo Borges
No meio da vertigem das compras e das prendas, do consumismo, não sei quantas pessoas se lembrarão ainda de que a festa do Natal está referida ao nascimento de Jesus Cristo. Seja-se cristão ou não, crente ou ateu, impõe-se reconhecer que se trata de uma figura determinante da História. Sem ele, a nossa autocompreensão não seria a mesma.
Nos últimos tempos, a atenção voltou--se para o que não é de modo nenhum central, quando se pensa no que ele é e no seu significado: como e quando nasceu, se a mãe era virgem, se teve irmãos e irmãs... Compreende-se a curiosidade das pessoas, mas estas perguntas não vão ao essencial.
Hoje sabemos que Jesus nasceu alguns anos antes da era cristã (entre 6 e 4) - o erro deveu-se a Dionísio o Pequeno, quando no século VI calculou a data do seu nascimento. Provavelmente nasceu em Nazaré da Galileia, onde se criou. Os relatos dos Evangelhos referentes ao nascimento e à infância servem-se de linguagem simbólica para significar o que mais interessa. Assim, a data de 25 de Dezembro foi adoptada mais tarde pelos cristãos de Roma, para significar que ele é o Sol verdadeiro que a todos ilumina. A presença dos pastores e dos magos anuncia o núcleo da sua mensagem: que Deus se interessa em primeiro lugar pelos mais pobres e que não exclui ninguém.
Hoje ninguém intelectualmente responsável põe em dúvida que Jesus existiu. A sua existência é atestada não apenas por fontes cristãs, pois há também textos de Flávio Josefo, Tácito, Suetónio, Plínio, entre outros. O que é preciso compreender é que os textos cristãos, concretamente os Evangelhos, são textos de crentes, que narram a história de Jesus a partir da fé e convocando à fé.
Na vida de Jesus, há um paradoxo. Por um lado, viveu num recanto obscuro do Império Romano, a sua vida pública pode não ter chegado sequer a dois anos, morreu crucificado - a pena de morte mais ignominiosa, aplicada aos escravos. Por outro lado, a sua influência decisiva atravessa a História e mais de dois mil milhões de homens e mulheres reclamam-se ainda hoje do seu nome e confiam nele na vida e na morte.
Qual foi o núcleo da sua mensagem? A sua revolução consistiu em primeiro lugar numa nova ideia de Deus. Deus não é o Deus longínquo e tenebroso, que quer adoração e submissão, que exclui, que explora e humilha os seres humanos. Pelo contrário, Jesus fez a experiência de Deus como Abbá, paizinho. Embora as crianças se dirigissem com esta palavra ao pai, em Jesus, não se trata, com esta invocação, nem de infantilismo nem de machismo, pois este Deus-Pai tem traços de Mãe.
A partir desta experiência radical, deriva toda a mensagem de Jesus, para quem o decisivo não era a religião, mas a humanidade. Como mostrou recentemente o teólogo José M. Castillo, o centro do interesse de Jesus não foi a religião, mas a saúde, a comida, as relações humanas boas, a liberdade, o bem-estar e a felicidade das pessoas. Com Jesus, revelou-se a humanidade de Deus e que o caminho para Deus é a humanidade. O Deus de Jesus encontra-se, antes de mais, no secular, não no religioso. "O 'sagrado', o 'religioso' e o 'espiritual' são autênticos, aceitáveis e meios para encontrar Deus, na medida, e só na medida, em que nos humanizarem, nos tornarem mais profundamente humanos". Para Jesus, o "sagrado" indubitável neste mundo é o ser humano.
Leia-se os Evangelhos e concretamente aquele passo de São Mateus, referente à verdade última, ao chamado Juízo Final. Nada há aí de religioso, pois tudo é secular: "Destes-me de comer, de beber, de vestir, fostes ver-me ao hospício e à cadeia."
Jesus, que não era sacerdote, mas leigo, teve de enfrentar a religião e os seus dirigentes, num conflito mortal, porque a religião e os seus dirigentes estavam mais interessados na religião do que na vida e porque "a religião pode ser e costuma ser uma ameaça, um perigo muito sério, para a vida e para a felicidade dos seres humanos". Condenaram-no à morte os dirigentes da religião oficial do seu tempo. Mas Jesus foi tão profundamente humano que "se pôs do lado da vida e deu vida, vencendo as forças da morte".
[texto enviado por A. Gonçalves Loureiro]
Etiquetas:
Religião / Anselmo Borges
O Natal de A. Gonçalves Loureiro
No aniversário do menino Jesus,
desejamos que os valores que n'Ele radicam
se concretizem, para ti e para os teus.
Um Natal de Paz, em Família.
a.gonçalvesloureiro
e família
O Natal da AVIS
A Direcção da AVIS deseja a V. Exª. e respectiva família Votos de um Santo e Feliz Natal.
Pel'a Direcção
Ana Oliveira
2009-12-24
"Conto de Natal" por João César das Neves
DN, 2009.12.21.
João César das Neves
O cristianismo é só isto: Cristo que passa. A tua fé é a única que não tem no centro livros, culto, mas uma pessoa, Jesus Cristo.
Adormeci e no meu sonho vi-me num grande campo com uma multidão incontável. Um enorme cartaz mesmo em frente dizia "Parada das religiões". De facto, tudo parecia orientado para um cortejo imenso que percorria uma estrada no meio do campo. Toda aquela gente, que compreendi ser a humanidade inteira, se amontoava dos dois lados do caminho, vendo avançar os carros referentes a cada crença.
Quando consegui chegar à primeira linha passava uma enorme plataforma sobre rodas levando uma gigantesca estátua de Buda. À volta do carro viam-se monges vestidos de açafrão que entoavam cânticos. A seguir, carros mais pequenos levavam símbolos budistas. Muitos espectadores saudavam a passagem inclinando o corpo, cantando e queimando incenso.
Os carros seguintes tinham símbolos estranhos que não consegui identificar. A aparência dos acompanhantes também não esclarecia, pois iam de fato e gravata. Só quando reparei nos aventais percebi que era a Maçonaria. Notei então o esquadro e compasso. Apesar das semelhanças indesmentíveis, a dimensão era inferior à apresentação do budismo mas ainda bastante imponente.
A religião que se seguia era conhecida, pois o cortejo parecia as paradas na Praça Vermelha ou Tiananmen: era o marxismo que passava. Os carros traziam foices e martelos, além de operários, soldados e mísseis. Na audiência, viam-se punhos fechados e ouviram-se palavras de ordem.
Foi então que decidi perguntar aos meus vizinhos quando passaria a minha religião, o cristianismo. Eles desataram a rir. Surpreendido dirigi-me a um velho de barbas brancas que tinha a farda da organização. Ele informou-me que, como o cristianismo era a maior das religiões, tinha a honra de ir à frente, abrindo a parada. Disse-me também que, se eu quisesse, havia ali perto um autocarro especial para levar os interessados a outras zonas do cortejo.
Segui-o e poucos minutos depois estávamos mais adiante no campo, num local onde a multidão ainda esperava. Percebi pelo ruído que algo se aproximava. Quando consegui vislumbrar os contornos do primeiro carro foi com espanto que constatei o que parecia ser um minarete. Não faltou muito para o confirmar que o que se aproximava era a delegação do Islão. Os carros eram ainda maiores e mais imponentes que os que vira antes. O primeiro trazia um enorme livro aberto cheio de caracteres árabes. O segundo era uma mesquita e em volta múltiplos fiéis desfilavam, rezavam e saudavam. O número era incontável.
Olhei com espanto para o velho, mas ele continuou impávido. Só nessa altura reparei que, afinal, esse carro não era o início do cortejo. Mesmo em frente ia algo tão pequeno que passava despercebido: um homem levando um burro com uma mulher em cima e um bebé ao colo. Aquela era a humilde presença do cristianismo.
Apesar de minúscula, essa presença era controversa. Alguém dizia: "E isto não é o pior. Na parada da tarde vem um homem com uma cruz às costas, chicoteado por soldados." À minha volta muitos protestavam contra isso. Que acontecera a toda a riqueza milenar do culto litúrgico, arte sacra, doutrina teológica, caridade cristã? Como os vi a protestar, perguntei se eram protestantes. Alguns disseram que sim, mas a maior parte eram católicos.
Afastei-me confuso. Então o velho explicou-me: "O cristianismo é mesmo só isto: Cristo que passa. A tua fé é a única que não tem no seu centro livros, cultos, ética, mas uma pessoa, Jesus Cristo. Por isso ser cristão não é, antes de mais, aprender dogmas, rezas, ofertas ou mandamentos, mas viver uma relação pessoal de amizade, contínua e permanente com Alguém. Tudo o resto, e é muito e importante, são apenas ajudas para o essencial. Ele mesmo o disse: ser cristão é nascer de novo (Jo 3, 3). É ser corpo de Cristo (1 Co 12, 27). O cristão vive a vida toda com Cristo e em Cristo, no meio do povo que é a Igreja. Muitos cristãos tratam a sua fé como uma religião e vêem o cristianismo como regras, orações, obrigações. Mas a verdade da fé não é fidelidade. É intimidade. Viver sempre na presença de Cristo próximo."
João César das Neves
O Natal da Brontë librería
Brontë librería desea a sus clientes y amigos Felices Fiestas, Salud y Próspero Año Nuevo.
Brontë. librería
Ana y Federico
Brontë. librería
Ana y Federico
O Natal de Lusitano Amaral
Bom Natal e Feliz Ano Novo
Buon Natale e Felice Anno Nuovo
Merry Christmas and Happy New Year
Joyeux Noël et Bonne Année
Lusitano Amaral
Buon Natale e Felice Anno Nuovo
Merry Christmas and Happy New Year
Joyeux Noël et Bonne Année
Lusitano Amaral
2009-12-23
Merry Christmas from L'Arengario S.B.
Christmas.
I don't have the will
to dive
into a tangle
of streets
I have so much
weariness
on my shoulders
Leave me
like a
thing
placed
in a
corner
and forgotten
Here
one feels nothing
other
than the good warmth
I'll stay
with the four
somersaults
of smoke
from the hearth.
(Giuseppe Ungaretti, from "The Buried Port", 1916, during the World War One)
---
Natale.
Non ho voglia
di tuffarmi
in un gomitolo
di strade
Ho tanta
stanchezza
sulle spalle
Lasciatemi così
come una
cosa
posata
in un
angolo
e dimenticata
Qui
non si sente
altro
che il caldo buono
Sto
con le quattro
capriole
di fumo
del focolare.
(Giuseppe Ungaretti, da "Il porto sepolto", 1916, durante la prima guerra mondiale)
---
Merry Christmas.
Paolo e Bruno Tonini
*********************************
L'ARENGARIO STUDIO BIBLIOGRAFICO
Dott. Paolo Tonini e Bruno Tonini
Via Pratolungo 192
25064 Gussago (BS) - ITALIA
Member of ALAI-LILA
Iscritto all'Albo dei Consulenti
Tecnici del Tribunale di Brescia
Tel. ++39 030 252 2472
Fax ++39 030 252 2458
e-mail staff@arengario.it
WebSite www.arengario.it
Libri antichi e moderni di pregio
*********************************
I don't have the will
to dive
into a tangle
of streets
I have so much
weariness
on my shoulders
Leave me
like a
thing
placed
in a
corner
and forgotten
Here
one feels nothing
other
than the good warmth
I'll stay
with the four
somersaults
of smoke
from the hearth.
(Giuseppe Ungaretti, from "The Buried Port", 1916, during the World War One)
---
Natale.
Non ho voglia
di tuffarmi
in un gomitolo
di strade
Ho tanta
stanchezza
sulle spalle
Lasciatemi così
come una
cosa
posata
in un
angolo
e dimenticata
Qui
non si sente
altro
che il caldo buono
Sto
con le quattro
capriole
di fumo
del focolare.
(Giuseppe Ungaretti, da "Il porto sepolto", 1916, durante la prima guerra mondiale)
---
Merry Christmas.
Paolo e Bruno Tonini
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2009-12-22
afrodite-me
é um pomar de amor que estremece
talvez um beijo caia raso no regaço
da fonte no volteio elegante da ara
como se o incenso volteando mais
não fosse que roseira espetada nas
terras sombrias dos ramos copados
ou tu, afrodite, uma delicada taça
onde recolho o ouro dos dias assim.
talvez um beijo caia raso no regaço
da fonte no volteio elegante da ara
como se o incenso volteando mais
não fosse que roseira espetada nas
terras sombrias dos ramos copados
ou tu, afrodite, uma delicada taça
onde recolho o ouro dos dias assim.
2009-12-20
medida
assim áspera foi a velhice que o deus impôs
di-lo mimnermo em hexâmetros dactílicos
seguidos de pentâmetros e outros ritmos…
di-lo mimnermo em hexâmetros dactílicos
seguidos de pentâmetros e outros ritmos…
2009-12-19
Noite de Natal no Museu Grão Vasco
No próximo dia 19 de Dezembro, pelas 21.30h, o Museu Grão Vasco encenará a sua Noite de Natal, dando continuidade à programação desenhada para esta quadra e que teve início em 19 de Novembro.
Sob a égide de uma iluminação especialmente concebida e que englobará fachada, pátio e claustro, o MGV abre as suas portas para uma noite mágica, onde se entrecruzam luz, som, vídeo, música, performance e leitura.
Na ocasião, proceder-se-á à apresentação do desenvolvimento do layout do Museu, concebido por Ana Catarina Sousa, bem como da instalação S. Pedro, de Ana Raquel Meneses (“Leve um pedaço do Grão Vasco consigo”), realizada em parceria com o GAMUS, em comemoração do 25º Aniversário do Grupo dos Amigos do Museu.
No seguimento, terá início a festa, com o percurso estabelecido pelo interior do Museu, cuja iluminação será igualmente trabalhada para a ocasião, surpreendendo os visitantes com uma experiência sensorial de interacção artística, num percurso direccionado ao retábulo da Sé de Viseu e, nele, ao episódio da Natividade.
Aí terá lugar a apresentação de um dos tesouros literários da cidade — a obra Escola de Belém, do Padre Alexandre de Gusmão (Évora, 1678), propriedade da Biblioteca Municipal —, o qual permanecerá em exposição durante a época natalícia e será objecto, no culminar da programação de Natal, de uma conferência proferida pela Prof.ª Doutora Sara Augusto.
Entre música, luz, imagens e palavras, o programa concluir-se-á no claustro iluminado, onde os visitantes serão acolhidos por uma pequena ceia.
ccv - "Dos 0 aos 54 anos num flash!"
Caro amigo,
Aproveitamos, ainda, para informar que as sessões do Cine Clube regressam a 5 de Janeiro, com o ciclo Europa 2010 – ciclo de cinema europeu.
A todos os nossos associados e amigos, votos de boas festas.
EMPÓRIO
Rua Silva Gaio n.º 29
3500-203 Viseu
Sábado, 19 de Dezembro, pelas 15h, na EMPÓRIO.
Dezembro é um mês especial para o Cine Clube de Viseu. Em 1955, a 16 de Dezembro, realizou-se a primeira sessão de cinema do CCV: um momento marcante do que viria a ser uma das mais persistentes e importantes viagens pelo mundo do cinema, e seus arredores, em Viseu.
A assinalar a passagem do seu 54ºaniversário, o CCV expôs alguns objectos e imagens do seu percurso na Loja Empório, que irão servir de ponto de partida para uma Conversa ao Balcão e visita guiada, amanhã, Sábado, pelas 15h00, com Nuno Rodrigues e Rodrigo Francisco, directores do CCV.
Aproveitamos, ainda, para informar que as sessões do Cine Clube regressam a 5 de Janeiro, com o ciclo Europa 2010 – ciclo de cinema europeu.
A todos os nossos associados e amigos, votos de boas festas.
EMPÓRIO
Rua Silva Gaio n.º 29
3500-203 Viseu
Sábado, 19 de Dezembro, pelas 15h, na EMPÓRIO.
desprazer
foi o prazer e ponto.
a idade o terá levado
como folha arrastada
pelo vento nas canas
sedento corpo e amas
como casa breve ou
ruína fendendo noite.
tristeza assim no gelo.
é… e não é… e sendo.
a idade o terá levado
como folha arrastada
pelo vento nas canas
sedento corpo e amas
como casa breve ou
ruína fendendo noite.
tristeza assim no gelo.
é… e não é… e sendo.
2009-12-17
ao contrário de semónides
é contra as mulheres a sátira do homem de amorgos
e se um nome como semónides cabe raso no branco
é porque se porca e matreira e estuporada e aleijada
e mais sabichona e insuportável e agradável e burra
e até doninha e égua e macaca e abelha e indisposta
a mulher tudo isso é ao contrário para ser e não ser
e voltar a ser aquela inefabilidade que o poeta não viu
porque estava ocupado na vida e nas azedas desgraças.
e se um nome como semónides cabe raso no branco
é porque se porca e matreira e estuporada e aleijada
e mais sabichona e insuportável e agradável e burra
e até doninha e égua e macaca e abelha e indisposta
a mulher tudo isso é ao contrário para ser e não ser
e voltar a ser aquela inefabilidade que o poeta não viu
porque estava ocupado na vida e nas azedas desgraças.
2009-12-16
erísico pastor
de sárdis ou erísica chega o pegureiro
e dos pés saem os caminhos inóspitos
celeremente percorridos pelo sangue.
e dos pés saem os caminhos inóspitos
celeremente percorridos pelo sangue.
2009-12-15
ofélia grega
seriam romãs nas mãos e azebre nos músculos -
esplêndida a osmose no santuário de leucóteas.
de dentro vindo um rio escorria-me dos lábios
e os ossos fluíam translúcidos na flor da água
porque uma amorável ofélia lavava os cabelos.
esplêndida a osmose no santuário de leucóteas.
de dentro vindo um rio escorria-me dos lábios
e os ossos fluíam translúcidos na flor da água
porque uma amorável ofélia lavava os cabelos.
2009-12-14
2009-12-13
querer é poder
possa o homem como em álcman
levar o dia até ao fim e um tecido
urdido seja o teu sangue na carne.
agora um cavalo da cítia irrompe
na ágora do peito um arado breve
rompe mesmo a pele prata vendo.
longos e loiros cabelos aproximam
o corpo do corpo e condutora sendo
aspiro o calor do diadema, lídia…
levar o dia até ao fim e um tecido
urdido seja o teu sangue na carne.
agora um cavalo da cítia irrompe
na ágora do peito um arado breve
rompe mesmo a pele prata vendo.
longos e loiros cabelos aproximam
o corpo do corpo e condutora sendo
aspiro o calor do diadema, lídia…
2009-12-11
D. Manuel Clemente é "Prémio Pessoa"
O vencedor deste ano do Prémio Pessoa é D. Manuel Clemente, bispo do Porto. "Em tempos difíceis como os que vivemos actualmente, D. Manuel Clemente é uma referência ética para a sociedade portuguesa no seu todo", considerou o juri do prémio Pessoa.
D. Manuel Clemente, que durante vários anos foi bispo auxiliar de Lisboa, foi nomeado pelo Vaticano novo bispo do Porto em Fevereiro de 2007, substituindo Armindo Coelho na chefia da diocese.
Licenciado em História e Teologia, doutorado em Teologia Histórica, Manuel Clemente, 61 anos, é presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais.
D. Manuel Clemente é igualmente professor de História da Igreja na Universidade Católica Portuguesa e director do Centro de Estudos de História Religiosa na mesma universidade.
"A sua intervenção cívica tem-se destacado por uma postura humanística de defesa do diálogo e da tolerância, de combate à exclusão e da intervenção social da Igreja. Ao mesmo tempo que leva a cabo a sua missão pastoral, D. Manuel Clemente desenvolve uma intensa actividade cultural de estudo e debate público. Em tempos difíceis como os que vivemos actualmente, D. Manuel Clemente é uma referência ética para a sociedade portuguesa no seu todo", pode ler-se na acta da reunião do júri.
D. Manuel Clemente é o autor de uma vasta obra historiográfica, com destaque para títulos como “Portugal e os Portugueses” e “Um só propósito”, publicados este ano, “Igreja e Sociedade Portuguesa, do Liberalismo à República” e “Nas Origens do Apostolado Contemporâneo em Portugal- A Sociedade Católica (1843-1853)”, refere a organização do Prémio Pessoa em comunicado enviado às redacções.
O vencedor do galardão com maior valor monetário atribuído em Portugal (60 mil euros) foi anunciado hoje, às 12h00, no Palácio de Seteais, em Sintra.
Promovido pelo jornal “Expresso”, com o patrocínio da Caixa Geral de Depósitos, o prémio pretende “reconhecer a actividade de pessoas portuguesas com papel significativo na vida cultural e científica do país”, inspirando-se no nome do português com "maior irradiação cultural neste século, Fernando Pessoa".
Entre as personalidades já distinguidas contam-se o historiador José Mattoso - vencedor da primeira edição (1987) -, a pianista Maria João Pires (1989), o escritor José Cardoso Pires (1997), o arquitecto Souto Moura (1998), o investigador Sobrinho Simões (2002) e o constitucionalista Gomes Canotilho (2003). No ano passado, o prémio foi entregue ao arquitecto Carrilho da Graça.
O júri do Prémio Pessoa 2009 é presidido por Francisco Pinto Balsemão, tendo como vice-presidente Fernando Faria de Oliveira. António Barreto, Clara Ferreira Alves, João José Fraústo da Silva, João Lobo Antunes, José Luís Porfírio, Maria de Sousa, Mário Soares, Miguel Veiga, Rui Baião e Rui Vieira Nery compõem igualmente o corpo do júri.
[enviado por Pedro Aguiar Pinto]
2009-12-10
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2009-11-22
rammstein
Órfico ofício o da língua
que cantante incendeia
as fibras e os músculosque cantante incendeia
trazendo o silêncio e um
pneumático martelo fundo.
2009-11-19
2009-11-18
segredo
falas do vento e dos muros sagazes
olhas mesmo a firmeza do tempo
como se entre ti e mim as palavras
houvesse lama dentro do silêncio
e nem mãos para tanto corpo erguido
sorrindo na calçada velha declinada.
um segredo te digo se o sonhares
assim oculto nas últimas chuvas:
nos breves ácidos da saliva mais
não sintas do que língua sorvendo.
olhas mesmo a firmeza do tempo
como se entre ti e mim as palavras
houvesse lama dentro do silêncio
e nem mãos para tanto corpo erguido
sorrindo na calçada velha declinada.
um segredo te digo se o sonhares
assim oculto nas últimas chuvas:
nos breves ácidos da saliva mais
não sintas do que língua sorvendo.
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