Passaram há poucos dias cerca de 400 anos sobre o nascimento de Diogo Ferreira Figueiroa. Para ser exacto, o escritor seiscentista nasceu há 402 anos . Não se esperando quaisquer ecos, importa-me assinalar o trajecto fulgurante de um escritor esquecido que conseguiu fazer caminho no seu tempo. Época contraditória de acentuada pobreza social, o barroco europeu (e também o português) é uma época de crise continuada e generalizada, afectando todos os domínios. E, no entanto, esconde tanto ouro por resgatar, nomeadamente nas áreas artísticas.
Diogo Figueiroa destacou-se como poeta e cantor da capela real. Da sua obra literária destaco este "Theatro da Mayor Façanha, e Gloria Portugueza" (1642), poema épico de 6 cantos em 8ª rima que exalça o labor do Duque de Bragança em favor da restauração da independência nacional. Grande façanha esta, tanto mais que
"Naõ he de todo humilde, o todo junto,
Que he pelo menos grande pelo assumpto."
(VI, 56)
4 comentários:
boa noite.
urge talvez nova edição, pois nos nossos dias a crise social - e não só (a todos os níveis) - bateu no fundo e até já o arrebentou. talvez poderemos aprender algo, mesmo que metafórico, para reformular tentativas de sobrevivência.
aquele abraço
Martim....não conheço...:(...se disser onde o encontro...obrigado.
mas deixo-lhe uma frase do V.F. que me desassossega...um corpo é sagrado, um assassino sabe-o muito bem....
bom dia . bjos.
saudações caros mortais
capa interessante...dá para ver que o livro nao é recente.
Isabel, trata-se de uma obra reeditada no último quartel do século XIX. Eventual interesse será recompensada em visita à BN, que possui a edição seiscentista e várias oitocentistas. A frase vergiliana conheço-a...
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