2006-01-31
um dia, em Samos
um dia, em Samos, nem ânforas
ou hídrias matam a sede do amor
cílices e lécitos derramam-se
tapete dentro junto às crateras
dos poros cerâmicos da teia
alheando-se do entorno e do vício
dos fungos velhos da cidade
súbito um fio pende a pique
sobre a luz do dia que inunda
o quadro têxtil do tempo lento
que espera dia após dia
pelo regresso do viajante
sentada de mãos distraídas
penélope espera a chegada
de ulisses na próxima centúria.
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1 comentário:
Martim....o quadro têxtil do tempo lento...
pronto. desisto.
vou escrever para o deserto....
ao menos lá ficaria convencida de que tinha alguma coisa para dizer...às sombras.
b.e.i.j.o.
(coisa feia..a inveja.../a minha/)
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