a cidade apodreceu de novo. no centro do asfalto um dragão verde cospe lágrimas de tédio. redonda a volta não tem fim. um areópago de sonantes decide a morte que há muito chegou. um vampiro passa e engole o dia. não há ontem nem hoje dentro das muralhas. o amanhã resiste distraído contra o inverno escondido. onde um corpo a arder, onde a volúpia da chama? lentos, os corpos dessorados passam já sem vida. quando nova arcádia no jardim?
2006-01-15
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3 comentários:
nada melhor do que o ar fresco de um relâmpago.
dum fruto apodrecido há que lhe rasgar o ventre, resgatar as sementes, limpá-las do tédio moribundo, secá-las e plantá-las em terreno fértil... até nessa mesma cidade, se lhe amputarem o mal gasoso.
um abraço
ora viva, deumus amigo e já lincado. abraço.
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