desde o fundo do poder
até ao cume da liberdade
sei que as botas que vejo
nem sempre são de calçar.
brilham de galanteio
em sorriso de verde-musgo
e no entanto são botas
também pra descalçar.
da fábula que aqui se narra
colhida dentro do átrio
poucos sabem do episódio
e menos ainda da conta.
fotógrafo acidental
com golpe afortunado
olha para mim sorrindo
e dispara sem flash.
pudor inultrapassável
impede-me um só neurónio
de dizer rapidamente
ser a arte do jerónimo.
agradeço-lhe o envio
de que sou conivente
esperando que em breve
outro lance nova gente.
conclui a presente história
que o navegador está a ler
que assim com tal glória
são os fundos do poder.
2006-01-19
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2 comentários:
recontar em pleno séc. XXI a fábula do gato das botas... deveras apropriado à tragicomédia a decorrer até dia 22 deste janeiro já manchado.
abraço
aos pés do poder....????
beijo.
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