2006-11-20

rebentação

um relâmpago fende a palavra
dentro da noite dentro do mar
e nem do poço o grito surdo.

do outono as folhas douram
o musgo do corpo a seda da carne
enquanto as pedras respiram.

sem ritmo rebentam na folha
os ossos e o espaço mais íntimo.

8 comentários:

Susana Barbosa disse...

Adorei Martim, esta rebentação...

Anónimo disse...

Soberbo... Abraço.

Anónimo disse...

Sempre poesia, da melhor... Abraço...

hfm disse...

rebentou em mim.

Anónimo disse...

Como se escreve assim, afinal, camarada?! Abraço!

Anónimo disse...

Isto lembra algum Nava... Parabéns... e abraço.

isabel mendes ferreira disse...

"um relâmpago fende a palavra
dentro da noite dentro do mar
e nem do poço o grito surdo."


_____________Nava?


não: Martim !!!!!! embora perceba a "lembrança"....


e depois o Martim deve ter lido relido tres.lido o talentoso Nava....

________________mas esta voz é a peculiar voz de Alguém que vigia o "adentro"....


e nos "revela" o osso do sentimento.



boa noite Martim.

veritas disse...

Olá!

Gosto muito do que escreves. Pequenos poemas, mensagens etéreas, diáfanas...envolvem...

Bjs.