rompo o soalho a velha madeira
e persigo o que foge fora de mim.
como vulgar aracne rodopio
hesito na volta enclavinhado.
o mar chama e já não vou assim
transido na braçada de espuma.
desço agora pelo alçapão do corpo
e nas crinas das veias sangue sou.
que olhar o teu que não olha o meu?
2006-11-15
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11 comentários:
... portentoso olhar!
mais outro, Martim, belíssimo!
Monumental mesmo. Abraço espantado!
Olá!
Passei por aqui e gostei de ler-te!
Voltarei, com toda a certeza!
Um abraço.
Olhamos nós, os de sempre. Abraços e...
Se não te olha é porque está cega!
Gostei de passar por aqui...vou voltar.
Bjinhos
olha.me
jocas maradas
Muito bom... Abraços vários...
Poderoso texto. Abraço forte...
"desço agora pelo alçapão do corpo
e nas crinas das veias sangue sou."
_______________
vou-me.
eu que nada sou!
vou-me de alma lavada.
_____________
beijos!
ok que, olhos nos olhos, as palavras até se dispendam, mas talvez até que olhar na mesma direcção seja mais profícuo.
E depois, eu até acho que os olhos podem mentir, quem não mente são as mãos... o que fazemos com elas, o que fazemos quando não sabemos o que fazer com elas...
:) e vai daí que os franceses dispersem o olhar entre um "voir", um "regarder" e um "observer".
Gostei. E a imagem que me veio foi a do "Le faux miroir" de Magritte. Adoro Magritte!! (soubesse eu colá-la aqui)
Beijos
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