cinza sobre a água em espelho
traz o próximo céu a noite vindo
e são os promontórios aéreos
despenhando-se no rio nas vagas
o mais quente afago dentro da pedra.
os braços mastros escorrendo
o inverno nas janelas a sombra
na voragem onde o frio ainda.
agora a estrela brilha dentro da boca
ardendo na língua no justo sal
e os corpos e os dedos bailam.
a saliva corta os dentes a prumo
e só o sangue e a linguagem
dentro da memória dentro.
2006-11-21
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2 comentários:
que para sempre brilhem... as memórias. eternas dentro de nós.
Senti...deveras...por isso tenho sempre de voltar em busca de mais. Obrigada!
Bjs.
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