No ínicio havia um caminho. Em 1943, na "Biblioteca da Nova Geração", aparece o primeiro romance de Vergílio Ferreira, escrito entre Coimbra e Melo, de Janeiro a Dezembro de 1939. Propondo agir sobre a esterilidade, a obra vergiliana é ainda hoje, com o seu halo presencista, um interessantíssimo documento ficcional que emparceira com objectos literários de José Régio, Tomaz de Figueiredo, Branquinho da Fonseca, Gaspar Simões, Fernando Namora, Marmelo e Silva e outros, todos com a afinidade temática da vivência estudantil coimbrã. O romance lírico tão capazmente tipificado por Rosa Maria Goulart encontra aqui já o seu início:
Era-lhe doce vaguear à beira do rio, a horas mortas, e ver as luzes espelhadas nas águas. Nas ruas reinava
um sossego de cemitério e ele podia passeá-las à vontade.
Interrogando-nos, é de alarme que Vergílio fala desde a década de 30:
Mas porque custa tanto a encontrar o caminho?
6 comentários:
...porque talvez encontrar o caminho significa morrer?...
abraço
esse é, talvez, o apogeu. e, no entanto, há mais. abraço, spartakus.
"em nome da terra" é mais uma cumeada. para mim, um abalo. obrigado, isabel, pela parceria.
Martim existem paixões nunca devoradas embora devoradoras...e o V.F. é o caso. um estrondo. que abala tudo e todos.... eu é que agradeço....
beijo.
capa bonita
Safo e Francisca Manson, a capa é de Regina, mulher de Vergílio Ferreira.
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