Como a poesia de Luiz Guedes é um flagrante e indesculpável descaso literário, retiro ainda de sub solo (1932) o poema
advertência
Também eu, também eu desci à arena
levado na vertigem do ciclone;
a abrindo a boca num esgar de clown
também eu, também eu entrei em cena.
Também um fiz soltar da minha avena
o meu inquieto après midi d'un faune;
também, também eu fui o cicerone
duma alegria que era a minha pena.
Fui companheiro de Lusbel na luta
entre os anjos do céu e na disputa
herdei apenas este instinto aziago:
cantar, uivando como os cães à lua,
enquanto na minha alma se insinua
este destino bárbaro que trago.
Também existe muita literatura desconhecida, não é, caros leitores?
5 comentários:
pois será certamente.....e para gozo dos que amam. a poesia.
bjo.
martim.
Que feliz descoberta!Obrigado...
Este também é muito bonito. Boa-tarde!
Mas é um maravilhoso poema... JCV
gostei de ler...muito
jocas maradas de palavras
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