coisas existem inominadas. junto ao flanco do pensamento o olhar directo corta o gelo. nem o mar do inverno arrefece o objecto. da única treva opressa um sopro esbarra na retina. nada importa já. nem mais estradas dentro da noite. o sol vem a pique dentro do cérebro. um relâmpago fende a espessura dos ossos. agora a mão no rosto, pensativa. as pedras rodam em volta. os gestos repousam na sombra. o porão do passado estende-se na varanda. rápida a chuva. por fim, a água em cuja pele.
2005-11-14
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2 comentários:
Uff, quando for grande quero escrever assim....era bom não era?..bom dia Martim. :)
bom fim de semana Martim....e bjo.
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