2005-11-14

a água em cuja pele

coisas existem inominadas. junto ao flanco do pensamento o olhar directo corta o gelo. nem o mar do inverno arrefece o objecto. da única treva opressa um sopro esbarra na retina. nada importa já. nem mais estradas dentro da noite. o sol vem a pique dentro do cérebro. um relâmpago fende a espessura dos ossos. agora a mão no rosto, pensativa. as pedras rodam em volta. os gestos repousam na sombra. o porão do passado estende-se na varanda. rápida a chuva. por fim, a água em cuja pele.

2 comentários:

isabel mendes ferreira disse...

Uff, quando for grande quero escrever assim....era bom não era?..bom dia Martim. :)

isabel mendes ferreira disse...

bom fim de semana Martim....e bjo.