no branco nu da chávena uma língua roda. não tem pressa nem já tempo. viaja sábia e desliza no espelho do gelo. no cone do horizonte dois amigos espreitam. quem assim brinca com as palavras observa. na rasteira do medo o gume do raro vocábulo despede e volteia. uma vez mais o prazer vem do café. fundo do tempo doce e bolacha só para um. a conta não cresce como a língua fundo no peito. agora dizes o sopro sobre a voz. sei de um caso. e nós em volta disparados ao céu. a perícia está no corpo. uma vez mais volteia a mente contra o frio da sala de fim de almoçar. agora volteia a língua a sua dança, bailarina carne que ao café desce. não limbo nem castigo na volúpia. só esse brilho e o sabor do mel. o autocarro comprime o velho arco. o conhecimento chega depois das duas da tarde. passam duas na montra deste bar e a pequena pedra desce a pique. três se levantam contra a noite. brilha o sol em s. francisco e volta a água para dentro da fonte. um estrondo breve no granito do dia. da pedra à boca só um instante. mastigação funda cai ao estômago. quem dentro da língua de fogo?
2005-12-06
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3 comentários:
parece o guames. alceu.
qUEM DENTRO DA LÍNGUA DE FOGO?
nÓS. SEMPRE. ABRAÇO..
voltas e voltas em redor da chávena... ardem línguas?
hasta amigo
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