agora vou dizer-te o que fiz:
ao fundo da avenida o túnel
longe já do vazio da casa
soterrados passos na água
eis-me entrando no corpo
pelo punho fora cortando
as veias o sangue a pele.
dormi na úlcera da dor
espalhando o feno rubro
no peristilo da aorta e
as melhores folhas foram
sedimentos em que me
lavei comburente e nu.
no cérebro a memória
já não flui e o branco
oculta a última fissura.
... arrepiei-me. mesmo.
ResponderEliminarbjs Martim
E o que dizer depois disto:
ResponderEliminar"oculta a última fissura."
...das melhores folhas....
ResponderEliminarsedimento que alimenta a minha memória.
beijo.
Martim.
patografia
ResponderEliminarescrita da dor
dorida
letal
sofrida
Espectacular lição poética sobre om "fingimento". A. de A.
ResponderEliminarA Viagem é Inaudita... GOSTEI mesmo...
ResponderEliminarpois bem, martim
ResponderEliminare pela fissura espreito
a sublime combustão
das imagens!
abraço