2006-08-22

um dia, no jornal "Teia", sobre Cardoso Pires


www.citi.pt

Por sobre a morte fala a vida do texto. Génio o animou interrogativo, anjo ancorado, redivivo, morte da noite pela morte do dia, pulsão manual, liberdade dos punhos, folha branca que se entrega à seiva da escrita. A espera do sono. Esperar a vida que pressente a morte tornada viva pelo esplendor da palavra. Não morte, não requiem, não despudorada apropriação da vida cabida num sem-fundo para a eternidade dito: José, fartámo-nos de falar de mortos, quando afinal temos tanto para viver-te, não é? Ouve-se o riso do artista que diz a morte que lhe não cabe.
(Noite de 23 de Novembro de 1998, a caminho das 23 horas...)

3 comentários:

isabel mendes ferreira disse...

....afinal "história" de todos.....não é?



___________________________é um prazer.


estar aqui. :) e ali. :)


bom dia Martim.


beijo-O.

hfm disse...

Gostei muito do texto em especial do 2º parágrafo; aquelas vírgulas realçam cada palavra como o galope de um cavalo.

Um bom dia.

Helena

Anónimo disse...

Lembro. Abraço!