2006-01-03

assim a luz nasce

assim vindo de dentro da força sei já a beleza que tu és.
não espero convite nem olhar ácido dentro de mim.
corto a lâmina com os dentes e encaro os lumes do teu rosto.
os deuses póstumos de ti nada sabem sobre a rosa no teu corpo.
então como no livro de branquinho serei barão no campo santo.
frente ao abismo do poço que com as mãos desci aprendi-te.
só agora corri a espessura do tempo contra as vagas do escuro.
eis a luz no lóbulo por que ouves o som da escarpa que subi.
comigo vieste para dentro da fábula enganando o mito.
as canas dos ossos estremecem ainda do gelo dos marfins
e da refrega contínua das libações de amor eis-me chegado.
demorei porque vim e tarde cheguei para não perder o tempo
da procura e não dar azo a vãs esperas ou outros sonhos.
avanço um pé, plástica figura na tenra argila.

4 comentários:

isabel mendes ferreira disse...

....E DEMORAR ASSIM...PERDIDAS AS ESCARPAS E ENCARADOS OS LUMES....


O ROSTO É SÓ A MÁSCARA....

BOA NOITE mARTIM.
b.E.I.J.O.

porfirio disse...

boa noite martim... contigo sempre se vai adentro da fábula.

abraços kamarada

isabel mendes ferreira disse...

e assim a luz se vai....


beijo Martim.

isabel mendes ferreira disse...

...CONTRA A ESPESSURA DO TEMPO....AQUI ESTOU. mARTIM.